Metodologias possíveis para um diagnóstico de engajamento e por que são mais assertivas

Metodologias possíveis para um diagnóstico de engajamento e por que são mais assertivas

Hoje em dia existem opções muito mais humanizadas, aprofundadas e dinâmicas do que as metodologias tradicionais. Conheça algumas estratégias e entenda como fazer um diagnóstico de engajamento realmente preciso.

Hoje continuo esta série de artigos que abordam o diagnóstico de engajamento, e quero falar das metodologias disponíveis atualmente para traçar esse panorama. Mais especificamente, quero mostrar que há metodologias mais humanizadas que os tradicionais formulários de pesquisa de clima e dar a vocês algumas sugestões de como fazer um diagnóstico de engajamento.

 As metodologias mais usadas em pesquisas de clima organizacional seguem sendo as mesmas há décadas, como o índice de favorabilidade mensurado através de um formulário, geralmente padronizado, com alguns termos que só o RH conhece, pouco atrativo para que as pessoas preencham. Em alguns casos também se utiliza o famoso focus group (ou grupo focal) e, conforme já discutimos lá no nosso blog, podem não ser muito precisos na hora de dar à empresa um cenário real do que está acontecendo internamente: os colaboradores, em uma sala diante de colegas ou gestores, possivelmente não se sentirão à vontade para falar o que realmente pensam e seu parecer muito provavelmente será enviesado.

 Cada metodologia tem um objetivo e dá um insumo diferente. As metodologias quantitativas mostram o que está acontecendo e, com que frequência, provêm uma percepção numérica, mas não indicam os porquês, nem de que forma as questões surgem na companhia e como isso se manifesta em cada grupo. Além disso, as metodologias quantitativas podem ser realizadas de maneira muito mais envolvente, com linguagem adaptada e de forma dinâmica, trazendo assim maiores possibilidades do colaborador realmente demonstrar o que sente.

A principal metodologia quantitativa humanizada e dinâmica que utilizamos aqui na Santo Caos é o Índice de Engajamento©, baseado nos nossos pilares de engajamento, e que pode ser aplicado uma única vez (como um retrato do momento atual) ou de maneira recorrente (como um filme acompanhado ao londo do tempo). O nosso Índice é composto de variáveis-base e outras que podem ser personalizadas de acordo com o contexto, linguagem e características do público que irá participar.

Além de trabalhar melhor as maneiras quantitativas de captar dados, nossas experiências aqui na Santo Caos mostram que é preciso criar um espaço de acolhimento para avaliar a chamada Employee Experience (EX) ou Experiência do Funcionário. Para isso, nós trabalhamos com escuta ativa e outras metodologias qualitativas. Assim, olhamos para variáveis que não são consideradas na pesquisa de clima tradicional. Veja algumas das nossas metodologias: 

  • ENTREVISTA: com uma amostragem dos colaboradores da empresa, realizamos uma entrevista em profundidade, individual e dentro do ambiente do entrevistado, de maneira a deixá-lo mais seguro e confortável para expor suas opiniões e necessidades.
  • IMERSÃO: no início dos projetos de consultoria, realizamos a imersão, que pode envolver estarmos próximos às lideranças, aos gestores ou aos operadores. Por exemplo, se nosso cliente é uma empresa do agronegócio, vamos para as fazendas produtoras, acompanhamos o trabalho dos funcionários e lá captamos o clima, vemos como são as interações e a rotina, aprendemos gírias, vocabulário próprio do mundo relacionado a essa atividade, para podermos ter um domínio maior sobre a subjetividade de cada ambiente. Além disso, captamos a percepção das altas lideranças e identificamos quais deles podem ser sponsors ou dificultadores na implantação das futuras ações.
  • VIVÊNCIA: uma espécie de imersão ainda mais profunda, a vivência consiste em passarmos um dia na casa do colaborador para entendermos como é a qualidade de vida dos funcionários fora da empresa. Conversamos com a família e os amigos; entendemos como se dá o transporte de casa ao trabalho; compreendemos como o colaborador vive etc. Isso pode trazer muitos insights para nossa atuação, que dificilmente apareceriam numa pesquisa de clima tradicional. Podemos entregar o registro dessa pesquisa em formato de vídeo, uma espécie de documentário sobre a vida do colaborador, que pode dar nova visão às lideranças.

 Um número isolado serve como comparativo, para mensurar uma evolução, mas as pesquisas quantitativas feitas da forma tradicional muitas vezes não mostram um caminho a seguir. Por isso, complementá-las com abordagens quantitativas mais dinâmicas e com metodologias qualitativas é uma forma mais assertiva de como fazer um diagnóstico de engajamento e oferece insumos valiosos para tomada de decisão.

 E na sua empresa, já houve experiências com metodologias humanizadas para diagnósticos de engajamento? Elas foram eficazes? Conte para a gente nos comentários!

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