Diversidade ágil? Como assim?
No meu último artigo, falei sobre métodos ágeis e como eles podem se aplicar a projetos de engajamento. E, neste mês de novembro em que muito se fala sobre diversidade e inclusão (embora como provocamos neste podcast, devesse ser falado sempre), decidi mostrar também como essa filosofia pode ser aplicada a projetos de diversidade e inclusão. Confira a seguir!
O que é diversidade ágil?
Temos visto, em 2020, alguns acertos em relação à diversidade&inclusão, muitos inclusive que já foram debatidos amplamente nesta rede, como o programa de trainee do Magazine Luiza. E temos visto também inúmeros erros, que a cada vez que acontecem, são vistos com uma gravidade cada vez maior, e uma leniência cada vez menor. Ainda bem!
Assim, aqui na Santo Caos estamos vendo 2020 como um ano de maior cobrança e consolidação de D&I, e projetamos 2021 como o ano da exigência.
Por isso, criamos o conceito de diversidade ágil. É uma forma modular de pensar e aplicar projetos que alia nossos mais de 7 anos de experiência em engajamento e diversidade a metodologias ágeis, para ajudar as empresas a alavancarem o tema num curto período de tempo.
Como engajar com diversidade de forma ágil?
Da mesma forma que qualquer projeto de engajamento ágil! Para implantar a Diversidade Ágil, podemos partir de diversos pontos. Se a empresa ainda não conhece sua diversidade interna, ou a percepção dos colaboradores, podemos realizar um diagnóstico ágil que permita a rápida captação de dados e insights. E esse diagnóstico pode ser realizado simultaneamente às primeiras ações, conforme as necessidades forem surgindo, amplificando a velocidade das soluções.
Se a organização já conhece o cenário interno, mas não sabe ainda como estruturar D&I a partir daí, a perspectiva de Diversidade Ágil também pode ajudar. Podemos estruturar comitês que funcionarão como squads de D&I, ao mesmo tempo em que construímos as políticas internas, e um passo anda junto com o outro. Enquanto tudo isso acontece, também é possível conscientizar e sensibilizar liderança e colaboradores.
Trabalhando dessa forma, com sprints simultâneos em várias frentes, o resultado é que a diversidade e inclusão podem entregar mais valor em menos tempo.
Ser ágil não é fazer correndo
Antes de seguirmos, eu gostaria de fazer uma ponderação. Sabemos que diversidade e inclusão é um trabalho a ser construído, e para dar resultados plenos, pressupõe uma mudança cultural.
Por isso, é importante dizer que ser ágil não é fazer correndo. Ou seja, podemos engajar a empresa com diversidade de forma ágil, sem que isso signifique ser feito de maneira descuidada ou apressada. Muito pelo contrário: o método ágil, inclusive quando o aplicamos para D&I, tem como premissas um íntimo envolvimento do “usuário final”, no caso, o colaborador, e também a presença de equipes multidisciplinares.
Assim, cada ação, embora esteja sendo pensada de maneira ágil, será olhada com muito cuidado, testada com pequenos grupos, e somente se bem recebida, será efetivamente implantada para toda a companhia.
Diversidade ágil resolve tudo?
Assim como em qualquer outro projeto, as metodologias ágeis não servem para resolver todos os problemas. Mas podem ser um excelente ponto de partida para começar a trabalhar diversidade e inclusão, em organizações que tenham a necessidade de alavancar esse projeto num período curto de tempo.
O ideal é sempre combinar as diversas metodologias possíveis, para garantir que todas as pessoas estejam engajadas, incluídas e possam ser elas mesmas dentro da empresa.
Quer bater um papo sobre Diversidade Ágil e tirar planos do papel ainda este ano? Chama aqui nos comentários :)