Meus Aprendizados - Até agora...
Em momentos de crise, como a que estamos vivendo, penso que passamos por três fases: o susto inicial, ou seja, a sensação de insegurança frente à nova realidade, que é seguida pela reavaliação da nova realidade e definição de uma estratégia de atuação adequada, que, enfim, nos deixa prontos para a última fase, a retomada. Essa sequência de passos, ao meu ver, coloca em evidência a importância do aprendizado que levamos desse momento de pandemia, pois ele é a ponte que nos permite cruzar a situação de medo inicial para a retomada das atividades. Por isso quero compartilhar com vocês algumas lições que estou tirando dessa crise.
A primeira delas é tentar sempre encarar os problemas levando em consideração o contexto atual, ou seja, não adianta tentar entender o agora com a cabeça do passado. São novos tempos! Depois disso, tendo foco no novo contexto, deve-se levar em consideração a cultura empresarial e como ela pode ampliar ou retardar as mudanças que o momento atual impõe. Outro ponto essencial e cada vez mais importante é valorizar e cuidar do time de colaboradores, afinal, são eles que colocam as estratégias em ação. Em quarto lugar, penso que as empresas devem mudar suas posturas em relação ao consumidor: é preciso esquecer as velhas fórmulas e hábitos e, verdadeiramente, resetar o que sabemos sobre o comportamento dos consumidores. Eles não serão os mesmos!
Diante de novas necessidades e desejos que vem dos novos comportamentos, chegou a hora de renovar o mix de produtos e serviços. Dando sequência aos aprendizados, vejo a importância de fortalecer a ação entre empresas, buscando parcerias para fortalecimento mútuo. Ao juntar forças, as empresas agilizam sua adaptação ao novo contexto pós-Covid 19 e garantem maior abrangência de suas ações. Com um último grande aprendizado dessa crise, vejo que cada vez mais as empresas devem assumir sua participação para minimizar os efeitos dessa realidade nova e triste trazida pela pandemia: muitas famílias sem o básico para viver, muitos hospitais sem recursos e um volume muito grande de mortos e doentes. Diante de tudo isso, os consumidores passaram a cobrar das empresas uma postura mais humana, empática, levando à criação de programas de auxílio a comunidades carentes, hospitais e aos pequenos empreendedores. Muita coisa nova para aprender e para colocar em prática, né?