Modelos de gestão: apenas como inspiração.
Há alguns anos me dedico a estudar os modelos de gestão e quais os melhores para aplicarmos em desenhos de cultura empresarial.
O que tenho compreendido e aplicado, é de que não existe um modelo perfeito e que satisfaça todas as complexidades que emergem.
A gente tem esta necessidade de ter a resposta certa, “garantir” uma gestão mais evolutiva (moderna). Mas como os planos mais simples da nossa vida, eles tropeçam no que acontece e nas transformações que todos passamos de forma coletiva e individual.
É certo que temos construído novas narrativas, e aberto espaços de fala e escuta que não existiam de forma declarada, repensado constantemente em processos, e agora partindo para uma empresa que faça parte da própria casa e os desdobramentos desta nova relação.
O desafio não está em substituir um modelo pelo outro, mas o que podemos aprender com cada modelo e utilizar de forma assertiva o melhor deles em cada momento.
O modelo de inovação na natureza, é uma espiral e não uma escada (escada é feita por nós), integrar os saberes anteriores aperfeiçoando-os na síntese deste, e não sobrepondo a eles, nos auxilia a utilizá-los com sabedoria.
Não somos uma máquina que fica defasada em seu modelo anterior e necessita de descarte, não temos como nos descartar, a cultura evolui por aprendizado, por incorporar novos elementos de forma consciente e aprender com os próprios erros.
Estamos em um mundo que clama a verdade em relação ao trabalho, onde uma carreira em uma empresa só, e muitas vezes uma profissão só já não fazem mais sentido, potência de si mesmo, nos asfixia a vida pela sobrevivência financeira apenas.
Há necessidade de uma cultura que entregue está verdade de que existimos: escolhemos, vamos embora ou ficamos, mas com certeza já não estamos dispostos a abrir mão de nós mesmos.
Sentimos a força da palavra impacto, porque de certa forma clamamos um impacto que rompa com o mecanismo de um crescimento, cego indiferente ao mundo que adoece, de uma rotina esgotante e de uma vida em que a parte profissional seja um capítulo à parte do que chamamos vida.
Mudar a linguagem para colaborativa e utilizando os termos em moda, mas sem a verdade disso, é camuflar os hábitos de sempre asfixiando a verdadeira transformação consciente, sobrepor não significa mudar.
E quando se está neste processo de verdadeira transformação, não há necessidade de um modelo único, mas de gerar um aprendizado consciente e um discernimento de utilizar as melhores ferramentas para o momento presente, sem engessar o futuro em moldes do agora, que ficarão no passado no próximo passo, onde se continuaria buscando novos modelos perfeitos presentes.
Talvez a palavra mais latente seja o aperfeiçoamento, ao invés do novo modelo. Porque não ficamos novos como pessoas, podemos ir melhorando e se aperfeiçoando, não nos tratemos mais como máquinas.
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