Momento do RH

Momento do RH

Até o ano de 2013 os profissionais de RH estavam focados em desvendar e gerar debates sobre temas que eram colocados em pauta, tais como, gestão por competências, RH estratégico, dentre outros. Até mesmo o nome da área era sempre colocado em debate, alguns defendiam que o nome “RH” era ultrapassado e deveria haver um nome mais moderno e ligado efetivamente a pessoas e não a recursos, o que de fato tem sentido.

Eu, particularmente, não sou muito favorável a rótulos ou tendências por que acredito que não existe um único tipo de RH ou de atuação. Não penso que seja possível uma tendência de gestão incendiar qualquer área e nortear as decisões e ações.

Sempre acreditei que os profissionais de RH devem estar “antenados” com o que está acontecendo no mercado em que a empresa atua, entender as demandas de negócio e refletir, debater com as lideranças da organização sobre as ações que efetivamente serão capazes de impactar positivamente os resultados de negócio. E tudo isto, independente de qualquer rótulo, título ou tendência de mercado.

Recentemente, participei de um encontro de RH em que tive a oportunidade de palestrar sobre “A Necessidade e a Dificuldade do Profissional de RH em Obter um Perfil Business”. Fiquei verdadeiramente impressionado com a qualidade técnica dos participantes e o elevado nível intelectual, mas muito preocupado com o foco dos profissionais de RH, já que a maior parte estava preocupada em absorver práticas comuns ou tendências que pudessem ser aplicadas na organização em que atuavam.

Nas conversas informais, fiquei ainda mais preocupado, já que todos estavam muito atualizados sobre as modernas práticas e os “jargões” utilizados mas, quando questionados, poucos sabiam informar sobre o momento do negócio da empresa em que atuavam e sobre as ações que poderiam fomentar resultados.

Por pior que seja a crise que está “derretendo” a política e a economia brasileira, estou otimista em relação a dois aspectos: o primeiro é a moralização do segmento publico que tende a ocorrer e certamente nos beneficiaremos na próxima década de políticos que terão uma atuação marcada pela transparência e pelo verdadeiro desenvolvimento social.

O segundo, e o mais importante para os profissionais de RH, é que fomos “obrigados” a recolher os custos de RH ao limiar da operação, o que nos fez refletir sobre o que de fato é importante para a organização em que trabalhamos. No mínimo, fomos estimulados a conhecer melhor a estrutura e os cargos chave para promover reestruturações sérias e responsáveis.

Se a “lição de casa” foi bem feita, hoje temos empresas com práticas de RH totalmente diferentes e criativas, que “transcendem” rótulos, jargões e aquilo que o “mercado” diz que é uma boa prática.

As crises são assim ... sempre conseguem movimentar pessoas e organizações para um patamar de desenvolvimento mais avançado. Estou otimista de que os primeiros sinais de melhoria da economia aparecerão ainda em 2016, fazendo com que todo este esforço gere excelentes resultados e um desenvolvimento fantástico para as lideranças de RH.

Daniella Cardoso Fernandez

Psicologa Cognitiva Comportamental na Clínica Psicológica - Daniella Cardoso Fernandez

8 a

Ótima reflexão.

Muito bom Rogério, esta é a nossa realidade, concordo com você!

Erika Quintão

HR Advisor I HR Manager I HR Business Partner I HR Project Manager I People & Organization I Coach I Trainer I Speaker I Co-author

8 a

Parabéns Rogério! Excelente texto...importante reflexão! 👏👏👏

Luciano Fotim

Especialista em Recursos Humanos | Folha de Pagamento | Serviços & Operação RH | eSocial | Tecnologia aplicada em RH | Performance RH | Centro de serviços compartilhados - CSC

8 a

Ótima reflexão Rogerio, parabéns! O RH tem que conhecer a operação, tem que estar na operação, ser mais que parceiro do negócio, tem que estar inserido! Caso contrário vai ser um aglomerado de Gente sentado em regras, leis, jargões, políticas, sem efetividade nenhuma!!

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