Mulher Contemporânea, Poder e Subjetividade
Quero compartilhar os estudos sobre a mulher e trabalho e as relações de gênero no Brasil têm sido objeto de pesquisas nas mais diversas áreas do conhecimento e ocupado lugar de destaque na produção teórica contemporânea. Entretanto, sobre mulheres em cargos de chefia é mais restrita.
Numa perspectiva histórica, é possível perceber que a mulher sempre esteve presente nas empresas, onde ocupava lugares inferiores, menos qualificados, sem acesso ao poder, uma vez que seus papéis de esposa e mãe eram os únicos legitimados pela sociedade.
Na contemporaneidade, este modelo de mulher tem sido bastante questionado. Não é mais possível identificar-se papéis diferenciados, nem barreiras intransponíveis entre homens e mulheres; a busca hoje é pela redefinição da identidade feminina nas empresas. No Brasil, só a partir da última década a mulher tem construído sua trajetória em direção aos altos escalões hierárquicos organizacionais.
Em sua trajetória nas organizações, é possível perceber que inicialmente as mulheres ocupantes de cargos de chefia foram introjetando características masculinas, adotando como estratégias de sobrevivência, no mercado competitivo de hoje, a mulher se destaca por ser mais subjetiva no que tange a diversidades e competência de comunicação.
Em pesquisa realizada em 2018, pelo setor de psicologia PUC-SP, procurou responder as seguintes questões: Por que, ao assumir o poder nos diversos cargos executivos, as mulheres estão sacrificando aspectos de sua subjetividade assumindo atitudes masculinas? Quais as razões explicativas para este tipo de comportamento?
Em relação ao objetivo fundamental da pesquisa, no que se refere às relações de gênero, houve um consenso entre as mulheres executivas no sentido de não se perceberem como inferiorizadas, nem estarem se descaracterizando subjetivamente, ao contrário, afirmam que há um ambiente de camaradagem e solidariedade na empresa. O diferencial não é a competição entre os sexos, mas a competência que não discrimina homens e mulheres, mas prioriza seu capital intelectual, permitindo-lhes agir em seu ambiente de trabalho de acordo com suas especificidades e singularidades.
As mulheres que hoje podem desfrutar de oportunidades de crescimento, autonomia financeira, ocupação definitiva do espaço público, em especial cargos que antes eram privilégio dos homens, agora estão passando por um momento de transição onde conceitos sobre profissionalismo feminino estão sendo questionados. Os caminhos que vislumbram agora são os da solidariedade, do reconhecimento profissional, do crescimento da individualidade que garantem relações mais gratificantes.
O futuro papel da mulher, é contribuir para a transformação dos padrões de comportamento, valores e parâmetros masculinos.
Como mulher, me sinto honrada em liderar várias equipes masculinas, mas confesso que isso, não me faz melhor que eles, apenas lutei por conquistar o que mais gosto de fazer.
Sou coach e trabalho com desenvolvimento e transformação humana. Diga qual é teu sonho que eu te direi como realizar
Um forte abraço