Mulher, quero ao teu lado, poder dançar a valsa do amanhã

Com a pena da consciência coletiva, do equilíbrio ecológico, da cidadania, da razão e sensibilidade, a Mulher tem escrito uma nova gramática social.

Uma gramática pautada na equidade de gênero, no respeito ao próximo, na partilha de direitos e deveres, no poder caminhar lado a lado, na negação da injustiça, na confirmação da justiça, na promoção e defesa da dignidade humana.

Densa de feminilidade, energia e amor, a Mulher segue a encenar seus múltiplos e infindos papeis. O roteiro, libertário e afirmativo, expõe a cada lua, a cada sol, a cada estrada, um novo cenário, e uma nova plateia.

No palco da vida, ela interpreta a mulher solidária, a amiga dileta, a ardente amante, a profissional competente, a curiosa estudante, a cristã fervorosa, a gestora zelosa, a descrente ateia, a política atuante, a tolerante agnóstica.

Assumidamente mãe, assumidamente fêmea, a Mulher segue, grávida de criatividade e sonhos, a parir liberdade, a espalhar a confiança de que um outro mundo é possível.

Um mundo onde homens e mulheres, de todas as raças, de todas as cores, de todos os credos, de todos os cantos e encantos, de todas as crenças, de todas as opções sexuais, de todas as culturas, de todas as políticas, de todas as razões existenciais, se sintam e ajam como responsáveis diretos pelos destinos da humanidade.

À sua frente, Mulher, muros desmoronam alargando espaços aos teus sonhos; pontes se erguem unido estes sonhos à realidade desejada; escadas são alçadas aproximando a conquista do topo, tapetes se desenrolam em deferência às tuas realizações, luzes se acendem como janelas à vida, horizontes se estendem abrindo-te novas portas.

Ágil, a Mulher trata de construir mais e mais competências.

Calça-se, e calçada, corre rumo ao sucesso nos mais diferentes espaços.

Ala-se, e alada, voa ao sabor de sua fértil imaginação.

Não há mais limites impostos, apenas aqueles temporariamente aceitos por conveniência. Mas todos, cada um a seu tempo, cairão por terra. Como os obstáculos já superados, regados a lágrimas, sangue e suor, sairão de cena e darão lugar a femininas rosas, pintadas com a cor e o tom do mais nobre batom.

E neste curso de vida, nós, homens, daqui, sob a ribalta, mais que esperar e baixar das cortinas para aplaudir, devemos nos inquietar, tomar atitude, subir no tablado, lhes darmos as mãos e dançarmos juntos a valsa do amanhã.

Francílio Dourado Filho

CEO da E2 Estratégias Empresariais

francilio@e2estrategias.com.br