Mundo do trabalho após a Covid
Após a Covid19 você já sabe o que o mundo não será mais o mesmo.
Tenho aproveitado este tempo para refletir a mudança abrupta que esse período trará para nossa sociedade como um todo: nos relacionamentos, no trabalho, no consumo, na interação, nos objetivos, nas prioridades, etc. São muitas variáveis e possibilidades, mas uma coisa é certa: o mundo não será o mesmo.
Trabalho é parte da essência humana, uma necessidade humana. Por coincidência (ou não) a matéria que estou estudando atualmente fala sobre os modelos de trabalho e como os estudos foram se aprofundando e ampliando ao longo dos anos, à medida em que se descobria que o trabalho era muito mais do que uma forma de sobrevivência através de uma remuneração. É muito mais do que executar atividades repetitivas todos os dias em busca de um salário no fim do mês.
Trabalho é identidade. É estruturação de tempo. É senso de propósito. É atividade. É essencial para o ser humano.
Mas é curioso observar o agora também. Já viu (ou está vivenciando) a quantidade de empresas (especialmente no Brasil, com uma legislação trabalhista rígida) tentando se adequar aos novos modelos (onde a legislação dificulta consideravelmente)? Seja:
- No controle de jornada (que é inexistente na proposta de mundo moderno do trabalho e, em especial, em home office, mas a legislação trabalhista brasileira é um risco que as empresas estão encarando);
- No controle de produtividade (como fazer isso se nunca focou no desenvolvimento de um sistema ou de métricas);
- Na comunicação horizontal e eficiente de um time (e quais as melhores ferramentas e canais para isso?);
- Na liderança de equipe (essa é a melhor, em especial para quem tem dificuldades para confiar no time);
- No engajamento, segurança e motivação dos funcionários.
Levantei alguns dos desafios que empresas e seus gestores tiveram de encarar do dia para noite: uns mais facilmente, outros menos. Algumas empresas já estavam no processo de mudança nas suas relações de trabalho, repensando processos, cultura, sistemas, mas a maioria ainda não. Tiveram que criar do zero e estão, agora, quebrando cabeça com isso porque tiveram que acelerar um processo que estava sendo construído lentamente (ou que nem havia iniciado).
Como ficará o trabalho após a Covid19? Se eu tenho me feito essa pergunta diariamente, imagino que a cabeça de sociólogos e psicólogos também esteja a mil, imaginando os desdobramentos disso. Muitos dos cenários já previstos e iniciados vão se acelerar (teletrabalho, jornada flexível, automação de tarefas, etc), mas ainda experimentaremos muitas transformações que ainda nem sabemos. Novas profissões, novos desafios, novos modelos.
Esses desafios estão só começando e quer saber o que eu penso sobre isso?
Talvez estejamos vivendo a maior revolução do mundo do trabalho desde o taylorismo (ou, pelo menos, a mais abrupta de todas) e a nossa sobrevivência dependerá, talvez mais do que nunca, da nossa capacidade de adaptação e aceitação às mudanças. De flexibilidade e de capital emocional para romper com o modelo de antes e abraçar o modelo futuro.
É simples?
E quem falou que a vida é simples?
Gerente Comercial Sênior na Finance
4 aAgora, mais do que nunca, precisamos abandonar a resistência as mudanças.
CEO Specialisterne Brasil
4 aExcelentes reflexões Danielle! Acrescento uma preocupação que julgo vital...a saúde mental dos colaboradores! Necessária ações estratégicas para gestão deste tema!