Não é uma palavra de sentença completa

Não é uma palavra de sentença completa

Há um tempo estava assistindo ao programa Altas Horas, quando uma das convidadas disse: 

Meu pai uma vez me disse.
Não é uma palavra de sentença completa”.

Foi de uma sabedoria, que tudo fez sentido. 

E pior é que a maioria dos homens, nessa altura do campeonato, ainda não entendeu isso. 

Ou se fazem de desentendidos.

Não é não, simples assim. 

Não, não significa talvez.

Não, não significa “ai que gostoso”.

Não, não significa,  “eu quero mais”.

Não, não significa, “vai, continua”.

Me cansa quando vejo um homem falar: 

Ah, agora com essa cultura do mimimi, não se pode mais paquerar”.

Mano do céu… sério!? 

Às vezes gostaria de fingir burrice.

Existem momentos que tenho amnésia seletiva, porque vou te dizer… 

Uma coisa não tem nada a ver com a outra. 

NADA. 

Se você “paquerava” puxando o cabelo…

Ou pegando no braço a força…

Ou cercando com seus amigos dizendo que a mulher só sairia se desse um beijo…

Ou coisas do gênero… deixa te informar… 

Não culpe os outros por incompetência sua. 

Porque se você fez isso, você já estava errado e não sabia.

Errar sem saber é uma coisa, mas persistir é burrice. 

E nos dias de hoje, fingir desinformação é o mesmo que dizer que não sabe respirar.

E aí vem a conversa: “mas ela consentiu”. (taquipariu bicho) 

Mano… use o que você guarda debaixo do cabelo, que se chama cérebro e analise…

Será que uma mulher acuada por 7 machos, onde dizem só deixar sair depois que der um beijo… será que realmente consentiu?

(esse é um dos inúmeros exemplos que poderia dar)

Ah, mas onde você vê isso? Você pode perguntar.

E a resposta é simples. 

Carnaval de Salvador, Bahia. 

(Não tenho nada contra o Carnaval, mas é um fato). 

E antes que pergunte, sim.

Sou daqui, então posso falar com propriedade. 

E não, não é somente o pessoal daqui que faz isso. 

São as pessoas do mundo todo na maior festa de rua do planeta. 

Só isso. 

Essa festa, por si só, daria uma estudo psicológico, sociológico, filosófico e antropológico longitudinal. 

E mesmo com morte amostral, ainda assim, seria o suficiente. 

Porque a cada ano que passa, vem mais gente. 

Você não entender o que significa “não”, é o mesmo que dizer: 

“Que novinha gostosa”

Nos meus ouvidos, ouço: “Que de menor gostosa”.

E bicho, não passo pano e não tenho tolerância para essas coisas.

Racista…

Pedófilo…

Feminicida…

E agressor físico ou sexual são tudo farinha do mesmo saco. 

Vale menos do que lixo e esterco. 

Então que fique bem claro… 

Não, é uma palavra de sentença completa.

Aquele abraço, 

Tainã Veloso.

O Copy Brother.

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