Não aguento mais a minha profissão, mas estou muito velha (o) pra mudar...E agora?!
Algumas das minhas clientes chegam a mim com esse desejo: mudar de carreira. Abrir seu próprio negócio, experimentar algo novo, que faça seu olho brilhar e seu coração bater mais forte. São pessoas que estão cansadas das escolhas de carreira que fizeram, escolha esta as vezes feita com 17 anos e baseada em opiniões e pressões alheias." Bel, já estou com mais de 30 anos, já tenho graduação e pós, como vou largar isso tudo e me aventurar em uma nova profissão?!". Vamos por partes:
1) Faça uma continha básica. Se você tem trinta e poucos, significa que provavelmente deve ter entre 10 a 15 anos de carreira (se começou a trabalhar cedinho). Se você for se aposentar com pelo menos 65 anos, significa que você tem pela frente pelo menos a quantidade de anos de trabalho que você tem hoje de VIDA!! Já parou para pensar? O que são 10 anos perante mais 30 a 40 de um trabalho sem tesão e felicidade?!
2) Mudar de carreira não precisa ser uma aventura: Se você tem a coragem de largar tudo e botar a cara no mundo e é feliz com isso, parabéns. Provavelmente você não tem como base um valor muito importante que muitos (inclusive eu) têm que é a SEGURANÇA. Não é o medo que te faz aturar um trabalho que não ama, mas sim a estabilidade, previsibilidade ou a segurança. Então, para uma transição tranquila, esses valores precisam ser cuidados. Ter a clareza do que quer fazer e do como fazer é fundamental. Planejar, direcionar e de passo em passo construir essa mudança é a melhor maneira.
3) Um passo de cada vez: Se você demorou 10 anos para chegar onde chegou na sua carreira, muito provavelmente não será em 1 ano que alcançará o mesmo status e posição. O crescimento orgânico requer paciência, investimento de energia e tempo e perseverança. É de cliente em cliente, de matéria em matéria na nova graduação, de promoção em promoção na nova empresa que se "chega lá".
4) Correr atrás do próprio sonho assusta. Se dá medo em você, imagina em quem vê a sua história como espectador? Em quem olha pra você e tudo o que consegue enxergar são os próprios sonhos que nunca se concretizaram, a frustração de ver os anos passarem e a tristeza se instalar no dia a dia. Quando você corre atrás dos seus sonhos, pode despertar duas coisas nas pessoas: inspiração ou incômodo. Deixe que a própria pessoa decida que sentimento vai ter e foque na sua transformação. Afinal, quem está na sua pele, sente o que você sente e vive o que vive é você e mais ninguém.
Resumão da parada toda: trocar de carreira aos trinta e poucos não é tarde demais, não precisa ser uma aventura, requer tempo, planejamento e paciência e pode assustar quem mais te ama. Mas no final das contas, se a sua balança está pesando mais para a falta de tesão no dia a dia, para a sensação de inutilidade e despropósito, de desperdício de vida, está na hora de começar a trabalhar nessa mudança AGORA.
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Beijos!
Bel Vazquez
bel@belvazquez.com.br
Sócio da NC² Contabilidade
2 aJá faz algum tempo, mas este texto fez sentido para mim hoje!
Liége Piscinas
7 aRealmente, o que Silvio Leite disse tem a ver comigo também. O artigo é muito bom e a resposta também.
Comercial Corporativo
7 aEu já atuo no mercado de viagens alguns anos, tive a oportunidade de passar pelas principais empresas do mercado de viagens, entre alas Varig, CVC, Flytour, Confiança Turismo. Porem de um tempo para cá venho buscando incansavelmente a mudança de área, de segmento. Chega uma hora que você cansa de lidar com as mesmas pessoas, fazer as mesmas propostas, participar dos mesmos eventos, fazer os mesmos planejamentos. Algumas pessoas perguntam porque quero tanto mudar já que dentro do meu segmento me tornei referencia profissional. A resposta é simples e clara. Preciso de novos desafios, de novas metas profissionais, conhecer novos produtos, conversar com novas pessoas. Tenho notado que estou na zona de conforto e isso não é bom, isso deixa infeliz, consequentemente minha produção cai, meu salario reduz, minha alegria acaba, minhas metas e sonhos viram pó. Porem já notei que mudar não é tão simples, não por mim, penso que como vendedor quem vende um palito pode vender um avião, o que muda são os produtos e não sua experiência e conhecimento em vendas. Mais percebo que são os recrutadores que tem receio em apostar em perfis diferentes para suas empresas. Para essas pessoas digo o seguinte, vender não tem magia, ou você é um grande profissional de vendas ou não e ponto final. Lembro que quando fui para ser contratado na cia aérea Varig disputei a vaga com pessoas que tinham experiência e eu nenhuma, mais na época a pessoa preferiu apostar em mim, o resultado é que por lá fiquei por oito anos e só sai com a falência da empresa. Ou seja ! Recrutadores confiem no potencial do profissional e não do perfil.