Não existe democracia sem jornalismo

Eu sempre sonhei em ser jornalista. Eu realmente não me lembro de ter pensado em ter outra profissão. Eu me recordo de estar na quinta série e já ter essa certeza.

O mundo das palavras me fascinava e um dia ouvi de uma coleguinha que jornalista viajava o mundo. Foi o que me bastou para tomar essa importante decisão no alto dos meus 11 anos.

Não viajei o mundo, mas aprendi o que é produzir informação com responsabilidade. Um processo que começa na observação do mundo, no desejo genuíno de compreendê-lo e levá-lo para o outro, com honestidade e, na medida do possível, isenção.

Passei pela TV, pelo jornal impresso, rádio e internet. Como aprendi em cada um desses lugares, principalmente a ouvir. Ouvir não só aqueles que eu gostaria. Jornalista precisa de contraponto. Sempre. Sabemos disso e praticamos.

Precisei me reinventar e fui para o mercado. Hoje continuo produzindo e distribuindo informação pela Experta Media. Não tenho dúvidas de que a nossa empresa produz conteúdos de qualidade não só pela minha bagagem, mas também pela de todas as jornalistas que se dedicam a esse fazer.

Hoje, neste 7 de abril, dia do Jornalista, está difícil comemorar. O jornalismo está sendo atacado por todos os lados. Vejo pessoas próximas a mim desmerecendo a profissão e comprando um discurso de ódio sem ao menos se esforçarem para entender como funciona o processo de produção de notícias. Dói.

Não existe democracia sem jornalismo.

Eu espero que o jornalismo e os jornalistas resistam e existam sempre!

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