Não tenha medo, o avanço da tecnologia não vai tirar sua empregabilidade!
Bem, não vai tirar se você estiver disposto a mudar, a se adaptar.
Atualmente as taxas de desemprego pelo menos no Brasil, tem um motivo, a crise econômica e política. Mas um dos fatores que se associam a redução dos postos de trabalho é o aumento do emprego da tecnologia. Neste cenário, justifica-se a substituição destas ocupações pelo uso de máquinas e utilização cada vez maior de tecnologia. O que pretendo abordar é justamente um olhar diferente sobre este tema, o de que existirá sim uma geração de novas oportunidades de trabalho e que sim, perderão seus empregos aqueles que tiverem baixa flexibilidade às inovações que virão.
A essa conclusão também chegou a quarta edição do estudo que contabiliza o Índice de Competitividade Global de Talentos (GTCI), produzido pelo Insead e que tem como parceiros o Grupo Adecco e o Human Capital Leadership Institute de Cingapura.
De acordo com a pesquisa, o Brasil atingiu a 81ª posição no ranking onde participaram e foram avaliados 118 países.
Lutar contra as inovações e tecnologias é certamente uma guerra perdida. Não há como se manter isolado e relutar à modernização dos processos e serviços. É uma questão de sustentabilidade do negócio e porque não dizer, da própria longevidade das companhias. O segredo está em como construir essa relação com as sociedades, e, principalmente com à área de recursos humanos.
Uma vez que, por um lado existem aqueles que criticam as tecnologias, há uma grande pressão da sociedade por mais comodismos, funcionalidades, aparatos tecnológicos para facilitar nossas vidas. O surgimento cada vez maior de objetos conectados à Internet, como carros autodirigidos e tecnologias cognitivas, são apenas algumas destas inovações que influenciam e ainda afetarão em muito nosso modo de vida.
Estabelecendo então que a tecnologia será uma constante, o que é preciso para manter sua empregabilidade?
Infelizmente isso não dependerá apenas dos profissionais. O estudo reforça que é preciso que haja ações conjugadas tanto dos governos quanto de empresários. Juntos, precisam criar políticas, incentivos educacionais e planos de capacitação para fomento de novas competências. Será necessária uma reforma nos sistemas de ensino para criar habilidades técnicas, e que exista uma mudança na cultura buscando-se investimentos em educação continuada. As empresas precisam também assumir sua responsabilidade neste contexto.
Sendo as companhias, as principais interessadas, é imprescindível que os governantes gerenciem regulamentações que favoreçam estes investimentos no capital intelectual. Caberá aos profissionais, a percepção de que, a adaptação à mudança será vital para sua carreira.
A despeito desta conclusão, creio que ninguém gostaria de colocar os caminhos de sua carreira na dependência de terceiros. Neste momento em que a informação é tudo, está compartilhada e disponível a quem queira consumi-la, não podemos ficar na inércia. Se a tecnologia é o objeto de estudo, tenha certeza que está disponível e facilmente acessível o aprendizado necessário para construir esta competência específica. Seu autodesenvolvimento, será sua parte na construção da sua mudança de perfil e flexibilidade que as empresas exigiram para os novos cenários que a inovação proporcionará aos negócios. Esqueça sua formação de origem, esteja disposto a buscar uma carreira múltipla, que possibilite desenvolver mais de uma habilidade e função.
Como então estar preparado para estes novos desafios?
· Buscando competências que se integrem ou estejam associadas a hiperconectividade. Procure entender o efeito deste movimento no seu campo de atuação;
· Transformação digital: vá além das automações, avalie as opções de uso dos recursos digitais na interação de seus processos, na geração de informações de “push” para seu negócio;
· Colaboração: não tente reinventar as coisas, busque soluções criativas já existentes e que, certamente terão um custo menor e maior agilidade de implementação;
· Aprendendo a aprender: as tradicionais formas de aprendizado já não serão suficientes, não terão o conteúdo necessário. Procure novas formas de buscar o conhecimento fortalecendo assim a cultura do aprendizado continuado.
Sou aficionado por tecnologia, acredito nela como um meio importante para a construção de uma sociedade sustentável. Porém, entendo que as pessoas são a chave para que tudo isso dê certo. Se não idealizarmos a tecnologia para as pessoas ao invés de desenhá-las exclusivamente para os negócios, interesses específicos, nada fará sentido.