Na orquestra do saber pós pandemia, o professor como (re) gente
“Ninguém me contou sobre como seria possível ensinar crianças e adolescentes à distância. É como se tudo estivesse verdadeiramente na nuvem. Olho e não consigo ver, mas é estranho porque consigo sentir. Sentir um silêncio que fala. Em cada encontro virtual, um exercício de ler e interpretar num tempo e num espaço inexistente. Em cada ato, uma responsabilidade. Então, nasce desse encontro em um não lugar, entre pessoas que querem se ver e tocar, a necessidade de sentir para ser. Dessa busca nascem possibilidades”.
Que (re)invenção é essa que toma o professor em responsabilidade?
Em tempos incertos, mergulhados na certeza de que somos professores em um cenário “novo”, a impressão de que o novo se faz no presente de cada minuto vivido em paradoxo. Contradições se tornam marcantes. A vida, por exemplo, acontece sem sair de casa. Corpos e mentes em constante estado de cansaço e descanso. Êxtase e frustração. No entanto, parece que estamos diante de ações que não são tão novas assim, mas que exige do professor que cada vez mais seja o (re)gente da orquestra, o pesquisador da própria prática, que se (re)desenha nesse novo cenário com a emergência da criatividade, curiosidade e do autoconhecimento.
Ora, se o saber é o produto das práticas sociais, e o conhecimento, a organização desse produto de forma sistemática, a necessidade de repensar a Educação no viés da relação com o outro tomados pela tecnologia, que, somada as minucias do cotidiano, transborda como possibilidade de humanidade.
Professor e aluno como sujeitos da experiência. Experiência no sentido de vida e como singularidade. Esse sujeito tem um lugar na experiência, que visa a transformação. A necessidade de presença e experiência em um cenário de afastamento social e imersão na tecnologia. Falamos de uma tecnologia pensada no sentido de abrir-se para uma escuta amorosa e atenta de nós mesmos e do outro, rumo a inovação, com o objetivo de receber calorosamente esse aluno imerso nesse ‘novo’ cenário de aprendizagem.
Nesse cenário, um professor (re)gente que pensará na ampliação do repertório de palavras, emoções/sentimentos de si e do outro – seu(s) alunos. Um professor observador. Uma observação que permitirá tocar o presente em um tempo determinado, podendo alavancar. Um professor que pensará sobre a necessidade do que é importante para ele e que poderá ser compartilhado com o outro. Um professor que faça emergir das suas necessidades a empatia, que acontece na/em relação com o outro. Presença e conexão. Vida em entonação.
Na orquestra, alunos assumindo o controle de suas aprendizagens e um professor que compreende a tecnologia em benefício da sua prática. A clareza das notas entoadas, de que os desafios existem, e a necessidade de ter em mãos, instrumentos que poderão conduzir seus alunos a transformação pessoal e social, em um mundo eminentemente global e desafiador. Nessa orquestra, desafinar e afinar no encontro de (re) gentes.
@jeff-simoni @grace-caroline-c-b-chautz @alessandra-banstarch
#educacacao#neuroaprendizagem#puccampinas
Professora de TI l Coordenadora de Curso (TI) | Conteudista de TI | Consultora EaD
4 aExcelente reflexão. Parabéns para o grupo.
Pedagoga especialista em neurociência
4 aGrace Caroline C B Chautz
Pedagoga especialista em neurociência
4 aJefferson Simoni