Nem sempre estamos animados... e está tudo bem!

Muitas vezes não nos sentimos animados para planejar, agir e arriscar. As pessoas nos falam as vezes que nós não conseguimos se não tentarmos, e o máximo de resposta que teremos é o não. Tudo bem. Mas se temos o não garantido, por que ainda tentamos? Parece óbvio, não é... “o brasileiro não desiste nunca”? Acho que não.

As nossas emoções nos traem várias vezes, a ansiedade bate violentamente, sobrecarregando de adrenalina, nos fazem tremer e nos inquietam. Do ponto de vista fisiológico sim, mas para a psicologia, definir emoção não parece simples. Talvez estamos exaustos, ou “não temos psicológico” para tentar... pelo menos por enquanto. Pode ser por causa da pandemia, ou não. Na psicologia, Frederick S. Perls afirma que a emoção é uma força que fornece energia a toda ação. É a expressão de nossa excitação básica, as vias e modos de expressar nossas escolhas, assim como satisfazer nossas necessidades.

Não sou psicólogo pra investigar a fenomenologia da psicopatologia. Sou apenas um profissional que sabe a química da coisa. E tudo bem! Podemos aconselhar o básico. A sociedade nos impõe que precisamos saber muito de pouco. Sim, é verdade, mas na vida profissional.

Um exemplo: um(a) médico(a) cardiologista sabe muito de hipertensão, pois mergulhou nisso, interpreta o mapeamento da pressão sistólica e diastólica e frequência cardíaca, sabe qual tratamento prescrever, e quando alterar as doses ou os medicamentos, etc. Porém não sabe se o que está na pele do paciente é realmente uma alergia, uma dermatite, psoríase, etc. Tudo bem, pois não se especializou e não fez residência médica em dermatologia.

Nós perdemos o costume de manter nossas mentes ocupadas ao caminho de nossos objetivos, e por isso acabamos sentindo medo de ir atrás deles, fazendo com que se afastem mais de nós. Sim, planos não tem pernas, mas se nós não mexemos as nossas, não alcançamos. É muito importante sonhar. Quer ver? Desista, e fique atormentado pelos próximos anos. Até lá, pode não haver tempo de recuperá-los.

Por isso, continue se ocupando. No artigo anterior mostrei que a pandemia está sim nos limitando a muita coisa, mas não a nos planejar e buscar o que queremos. Fique tranquilo. Tudo bem se você está desanimado para seguir. Se ocupe, medite, faça exercícios, leia, se distraia (com segurança), mas não deixe de lado algo que você está há tempos correndo atrás.

E você, tem motivos de verdade para continuar parado?