OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE SENTEM DOR?

O que você pensa quando falamos em Dor e Profissionais de Saúde?

É só você pesquisar na internet com estas palavras-chave e encontrará vários artigos sobre aspectos relacionados à dor e a atuação dos profissionais de saúde.

Mas, e quanto às dores dos profissionais de saúde?

Você agora pode estar pensando nas dores ocupacionais, como as lombalgias, dores musculares, principalmente nos profissionais de enfermagem e fisioterapia, que atuam muitas vezes utilizando seu corpo para movimentar o paciente.

Se olharmos para os principais motivos de afastamento do trabalho destes profissionais veremos muita lombalgia, cólicas renais, problemas articulares, mas principalmente as dores relacionadas à psique, como depressão, ansiedade e pânico.

E tem mais

• E além destas dores, ainda temos:
•  Falta de autonomia financeira, devido ao baixo salário;
• Problemas de relacionamento familiares, devido aos vários plantões e vários empregos;
• Problemas com os filhos, por ficar pouco tempo com eles;
• Culpa, pelo mesmo motivo;
• Baixa autoestima, por não se achar suficiente;
• Falta de confiança e insegurança, por não ter muito tempo para estudar;
• Arrogância, por ser difícil assumir que não sabe alguma coisa;
• Prepotência, por ter que estar sempre bem, para a família, a equipe e o paciente;
• Insatisfação com a profissão, pois descobre que não é isso que queria fazer;
• Falta de reconhecimento profissional e
• Outros

Se estas dores acima não forem olhadas – e geralmente não são – aparecem as citadas anteriormente, os sintomas físicos. Pois se a boca cala, o corpo fala. E neste caso, ele grita.

Mas o profissional de saúde tem que estar sempre bem. Então ele não olha para si e nem para sua família, como deveria.

Quem olha para o profissional de saúde?

Temos dois tipos de profissionais de saúde com dor: aquele que está sempre bem, nunca dá o braço a torcer, e aquele que nunca está bem, vive de atestado, se queixando.

O primeiro não quer ser visto. O segundo está implorando para ser visto.

Mas o problema é que nenhum deles olha para si e para os sinais que seu corpo ou sua alma (entenda aqui alma como o corpo energético) está lhe enviando – as dores, o sofrimento.

Na psicanálise aprendemos que os sintomas, ou o sofrimento, esconde uma dor mais profunda, muito difícil de ser encarada. Por isso está reprimida. E este é o papel da dor e dos sintomas. Esconder o problema principal

Mas se ela não for vista, no momento em que se manifesta, teremos os problemas já citados aqui.

Quem cuida deste profissional?

Enquanto buscarmos soluções fora, assim como culpados pela dor que estamos passando, nada se resolverá. Ouvimos reclamações o tempo todo: da chefia, dos funcionários, da empresa, do gestor público, do salário, do paciente e até de Deus, que não colabora.

Aqui não darei a resposta que você espera ouvir, eu sei. Ninguém tem que olhar para você, a não ser você mesmo.

É um caminho de autoconhecimento. É uma busca dentro.

Caminhando para sua essência

Qual o propósito com esta profissão? Você está fazendo o que ama? O que precisaria mudar (EM VOCÊ) para que você se sentisse bem com o que faz? O que cabe A VOCÊ fazer?

Por que você faz o que faz?

O que está doendo, neste momento?

Se você quiser começar esta jornada para o autoconhecimento e viver com plenitude, sem parecer que está indo para o matadouro toda vez que vai trabalhar, se quer parar de reclamar e se sentir uma vítima, dê o primeiro passo.

Para nós, da Canguru DH, o primeiro passo para o autoconhecimento pode ser Meditar. Mas você pode escolher o seu próprio caminho.

Boa caminhada e seja feliz!

Diretora Executiva da Canguru - Desenvolvimento Humano I Formadora na área do Desenvolvimento Humano I Coach I Terapeuta Reikiana I Psicanalista