Networking: ser interesseiro é normal e está tudo certo

Networking: ser interesseiro é normal e está tudo certo

Para início de conversa, a palavra "interesseiro" assusta, pois logo vem a conotação negativa, mas pense bem, ser interesseiro não é necessariamente ruim, já que as pessoas se aproximam umas das outras por interesse, não importa o tipo de relacionamento.

Nossas relações sociais são motivadas conscientemente ou inconscientemente por algum tipo de interesse. Quando quero me relacionar afetivamente com alguém, há interesse: atração física, jeito de se expressar, comportamento, como a pessoa se veste etc.

Vamos agora falar do Networking

Network: rede

Sufixo -ing: ação contínua de criar e manter essa rede.

Pronto, agora você sabe que é o processo de construir e manter relações que podem ser benéficas para a sua vida profissional. É sobre construção de vínculos e trocas.

Se eu tenho um relacionamento conjugal ou de amizade, ambas as partes devem se beneficiar - o que pode ser interpretado como uma relação de interesse.

Networking é interesseiro

Portanto, pessoas que despertam nosso interesse nos atraem e nos fazem querer manter contato, pois agregam valor a nossa vida. O interesse não é apenas sobre o que elas podem nos oferecer, mas no interesse que demonstram por nós.

A palavra "interesseiro" se torna negativa quando a pessoa quer apenas para ela. Já chega em um evento ou reunião pedindo favores, falando apenas de si, buscando vantagens apenas para ela. Relacionamento é troca e networking é uma forma de relacionamento.

Networking é investimento e continuidade

Outro ponto interessante é que o networking funciona como um investimento, como um plantio. Existe um caso muito interessante e comum de pessoas que acham que basta terem trabalhado juntas em algum momento que isso é networking. Vou contar.

Imagine duas pessoas que trabalharam juntas por 2 anos, eram inseparáveis. Ambas seguiram seus caminhos em outra empresa e deixaram de se falar por mais 2 anos. Quando uma perdeu o emprego, entrou em contato com a outra, achando que ia receber ajuda. Não recebeu.

Por quê? Porque o interesse comum era o trabalho que faziam juntas. A partir daquela ruptura, não havia mais interesses em comum e cada uma seguiu o seu caminho. Portanto, networking é como um investimento, um plantio:

Você planta para colher e durante o plantio há cuidados. Você investe para receber lá na frente, se retirar antes da hora, pode perder. Portanto, uma das principais facetas do networking é a continuidade.

Networking não é conhecer muitas pessoas

Não se trata de quantas pessoas você conhece e sim sobre quantas sabem quem você é e fariam algo para te ajudar em algum momento. Portanto, não se trata de quantidade e sim de qualidade.

Networking não é ser "arroz de festa"

Há pessoas que dizem que networking é ir para todos os eventos, aparecer e postar todas as fotos. Isso não tem sentido. Com o advento da internet, você não precisa sair de casa para fazer networking - apesar de muitas vezes a presença física ser necessária.

Comparação com relacionamentos pessoais

Namoro, casamento e amizade. O que têm em comum? Em todos eles há um certo interesse, como formar uma família, em confraternizar todos os fins de semana, trocar confidências, etc.

Em relacionamentos pessoais ser interesseiro vai até uma camada mais profunda e envolve aspectos emocionais e afetivos. O Networking pode atingir essa camada, pois em todos os casos, esperamos a reciprocidade e o bem-estar de ambas as partes.

No contexto profissional, a troca é focada em oportunidades mútuas de crescimento, conhecimento e colaboração. Voltando ao que já foi falado, continuidade é saber construir relações de longo prazo, com uma rede de suporte mútua. Uma troca justa e transparente.

Um exemplo real - Aline Sousa

Conforme foi dito, a construção de networking surge do interesse. Seja o interesse por conhecer melhor a outra pessoa, ou o interesse em construir relações de trabalho ou ainda por alguma demanda específica.

Como a Aline me conheceu

"Eu conheci o trabalho do Eduardo Felix aqui no Linkedin, em 2019. Comecei a acompanhá-lo e ler todos os artigos que ele publicava. Eu estava em uma fase muito difícil de busca por recolocação pós-maternidade e os textos do Eduardo retratavam a dura realidade das seletivas de emprego.

Em um certo dia, eu consegui uma entrevista e tomei coragem de enviar uma mensagem para ele, pedindo conselhos para me sair bem no processo, porém, sem esperança que fosse me responder".

Nosso primeiro contato em 2019.

A resposta inesperada

"Surpreendentemente, após alguns minutos, recebi uma resposta muito empática e atenciosa, onde ele me deu algumas dicas bem interessantes sobre a preparação para o momento da conversa com o recrutador".

O que aconteceu depois dessa conversa?

"O emprego não deu certo, pelo impressionante preconceito de alguns “profissionais” com relação às mães no mercado de trabalho".

De onde veio a inspiração da Aline e o seu crescimento a partir daí

"Porém, inspirada pelo trabalho do Eduardo, comecei a produzir conteúdo na rede e no ano seguinte, consegui o reconhecimento de Top Voices que me abriu vários caminhos inimagináveis e diversas oportunidades profissionais".

O início do Networking

"Após esse primeiro contato, o Edu passou a acompanhar meu conteúdo também e então começamos a nos comunicar com maior frequência e perceber sinergia de valores e de conhecimento".

Hoje somos sócios e temos uma empresa: 5 anos depois do primeiro contato

Hoje, oficializamos a nossa empresa, Expery Co. que é fruto desse interesse inicial que se transformou em uma verdadeira amizade e parceria de negócios.

O que é a Expery e o que fazemos?

A nossa empresa é focada em treinamentos corporativos sobre aquisição de talentos e jornada do colaborador, evidenciando e reafirmando o nosso compromisso com o devido cuidado e valorização das pessoas antes mesmo de ingressarem nas organizações.

Conclusão

O interesse não é, por si só, negativo. O que determina se é interesseiro ou não é a forma como ele se expressa e o que as partes estão buscando. No fundo, tanto em relações pessoais quanto no networking, o que se espera é um equilíbrio, uma troca mútua, onde o interesse é claro e benéfico para ambas as partes.

Dessa forma, podemos entender que networking não precisa ser sinônimo de interesse superficial ou egoísmo, mas sim de colaboração genuína e construção de relações que favoreçam o crescimento e o aprendizado mútuo. Sim, você pode e deve ser interesseiro.

Contrate a Expery. Eu e a Aline iremos proporcionar a melhor experiência para pessoas colaboradoras e candidatas.


interesseiro sim, trapaceiro não! ;) muita diferença.

Maria Genilda Marques de Oliveira

Bacharelado em Administração | MBA| em Gestão Estratégica de Pessoas | Palestrante| CRA ativo @ConselhoRegionaldeAdministracao

1 m

Muito informativo.

Marcus Moro

Líder de Operações/Supervisor de Operações/Coordenador de Logística/Liderança/Gestão de Pessoas/SAP/WMS//E-Commerce/Fullfillment/Transportes/Armazenagem/Distribuição/KPIS/Gerencimento de Estoques

1 m

Obrigado por compartilhar meu amigo Eduardo Felix, Aline Sousa networking é tudo nesta vida , abraços

Só ❤️ com essa dupla 🥰🥰

Konstância Rodrigues António

Assistente comercial mediação de seguros

1 m

Conteúdo muito necessário Eduardo Felix, desconstruir o paradoxo da expressão interesseiro/a.

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