Ninguém me escuta, ninguém me entende, tratam-me como criança.
Eram amigos de longa data. Juntos haviam vivido muitas histórias e construído muitas narrativas uns sobre os outros. Acontece que nessas “narrativas” as pessoas vão criando “verdades” umas sobre as outras: fulano é cabeça dura, sicrano é afoito, beltrano é exagerado, você só fala bobagens etc. Quando se é jovem isso até passa, mas a vida vai assumindo outras conformações e estes estigmas “deixam de ser engraçados”.
Fizeram concurso público, foram aprovados e, por uma dessas coincidências, foram trabalhar no mesmo órgão e designados para uma mesma missão. Era tudo alegria; afinal já se conheciam, eram amigos e se gostavam.
Mas, “no andar da carruagem” os estigmas “da infância” começaram a aparecer e as histórias da adolescência que permeavam os momentos informais do grupo, passaram a ser usadas nos momentos mais densos do trabalho. Não tinham se dado conta de que os papéis mudaram, as responsabilidades cresceram, o contexto tornou-se outro e os desafios exigiam novas competências.
O fato é que todos falavam e ninguém escutava ninguém, as expectativas de que a amizade pregressa seria um fator de otimização do grupo “deu em água”:
- Não me sinto escutado por ninguém, pontuou um deles; vocês me tratam como se eu tivesse doze anos, reclamou o outro; vocês só falam besteiras, afirmou um terceiro.
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O fato é que eles nunca conversaram sobre o modo como deveriam se relacionar nesse novo status, não deram atenção às expectativas que os novos papéis requeriam e não foram capazes de escutar uns aos outros. Mesmo adultos, continuaram a utilizar o mesmo modelo da juventude.
O resultado?
Aquilo que prometia ser um benefício e um diferencial de qualidade relacional, tornou-se fator de desagregação do grupo, de quebra de confiança, de afastamento da amizade e potencializador de conflitos.
Esse caso lhe parece familiar? Tem algo nele que lhe chama a atenção? Você conhece situações semelhantes?
Quero lhe convidar para conversarmos sobre isso. Agende um horário comigo, fale com a Marcela (minha secretária), no marcela@homeroreis.com, ou 061981221916.