NOVA DEMOCRACIA

NOVA DEMOCRACIA

Rodnei Barbosa ( cidadão )

 Nosso Brasil está envolto, preso em uma armadilha, que nos impede de reagir e tentar escapar ilesos, ou com um mínimo possível de ferimentos. Esta armadilha política, armada e dominada pelo legislativo, executivo e agora, tenta ou já arrastou o judiciário. O que nós vemos, e da forma que nos permitem ver, somente causa mais dúvidas. Neste momento não quero falar de esquerda, direita, centro... nem tão pouco quem está certo ou errado.

 Vamos tentar enxergar acima da poeira? Qual é a causa, a raiz do problema, a origem de todos os males?

Vamos parar e pensar um pouco! Refletir por alguns instantes: no que o Brasil se destaca como uma referência? Pergunta difícil, mas nós com certeza somos bons em alguma coisa.

Ok, a pergunta é a seguinte: porque uma das poucas coisas que funcionam neste país é o sistema eleitoral? Como somos capazes de em poucas horas concluirmos uma eleição? E considerem que somos um país de dimensões continentais, com dezenas de partidos e milhares de candidatos. E vejam, até onde sabemos, e eu acredito, o sistema é a prova de fraudes. Pensem...

O nosso sistema eleitoral garante a escolha democrática dos nossos representantes. Garante o mandato, e neste período o cidadão eleito se torna um político, agora intocável. Ele pode, e geralmente muda suas convicções, muda de partido, emprega várias pessoas no seu gabinete, tem um orçamento absurdo determinado por ele e seus pares, e passa a agir de forma diferente, com novas convicções, também diferentes daquelas que nos levaram a votar nele. E agora ele pertence a uma nova casta de cidadão, seu padrão ético é diferente de nós cidadãos comuns. Seus deslizes são apreciados e julgados pelos seus pares, e só vai à justiça comum, se estes pares assim permitirem, depois de vários apelos e protelações que esta nova classe de cidadania concedeu a ele. Bate no peito e diz: fui eleito democraticamente, estou aqui representando uma parcela da sociedade, negar este direito é o mesmo que negar ao eleitor o direito de representatividade....

Seguindo esta linha de raciocínio, eu entendo que a origem está no sistema eleitoral. Ao votarmos e elegermos um político, ele passa a fazer parte de um grupo, um sistema que praticamente lhe permite tudo. Um congresso que o protege, proporcionando-lhe um sistema judiciário especial. Um sistema de justiça privilegiado, feito para não funcionar para este grupo de cidadãos. Se tornam intocáveis, cuja única missão é perpetuarem-se no poder, democraticamente evidente, pois foram eleitos, entenderão!!!

Pois bem, qual a proposta?

A proposta é um sistema que o eleitor possa a qualquer momento revogar o seu voto, assim quando a quantidade de votos revogados alterar a quantidade de votos que elegeram aquele político, ele imediatamente perde o mandato, e todos os direitos. Imaginem não dependeremos do congresso, nem do STF para afastar um corrupto!!!!!! Depois seguem-se os procedimentos legais e jurídicos, o importante é que este cidadão não será mais custeado por nós.

O Brasil continua sendo o país da farsa, do engodo. Atribuímos a falta de cultura e educação como a causa de não sabermos votar, escolher, cobrar dos nossos representantes. Parte desta afirmação é verdade, mas o cidadão que tem cultura, educação, conhecimento e informação, como age em relação às pessoas em que votou? Quando um político em que este cidadão (instruído e informado) votou, é pego em um ato corrupto, ou mesmo quando apoia outros políticos acusados de corrupção, qual a atitude deste instruído cidadão? NENHUMA diferente do eleitor humilde, sem cultura e desinformado. Temos direito a opiniões diferentes, em todos os sentidos, mas somos reféns de um sistema que nos impede de reagir, de forma imediata, contra as pessoas que nós elegemos para nos representar, não importa sua cultura, classe social, etc, você é mais um que endossou este sistema, quando exerceu seu direito de voto.

TEMOS QUE DAR UM BASTA PARA NISTO, QUERO O DIREITO DE DECLARAR MEU VOTO E DE CANCELAR A QUALQUER MOMENTO, DEMITINDO DE FORMA SUMÁRIA ESTES POLÍTICOS.

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