O Contactless e o QR Code como aliados no combate ao COVID-19

O Contactless e o QR Code como aliados no combate ao COVID-19

O Contactless e o QR Code são alternativas de pagamento mais seguras, velozes e convenientes. Além da praticidade, esses tipos de pagamento se tornaram grandes aliados para a diminuição de contágio do Covid-19.

O G1 divulgou recentemente um estudo realizado por cientistas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), da Universidade da Califórnia, de Los Angeles e de Princeton avaliando que o novo Coronavírus pode resistir até 72h nas superfícies de plástico, que é o material mais utilizado nos cartões e máquinas de pagamento.

Dadas as informações mais recentes sobre o vírus e a necessidade da população de manter um conforto em suas residências, comprando em supermercados, farmácias e serviços de entrega, é essencial que os pagamentos sejam realizados mantendo a distância adequada para a segurança de todos.

No caso do Brasil, a maioria das máquinas de cartão já estão preparadas para receber pagamentos por aproximação e QR Code, como a Stone, Getnet e Cielo. Sistemas de transportes públicos em São Paulo e Rio de Janeiro já funcionam com essas tecnologias. A VISA dominou os NFCs no metrô do Rio, enquanto as estações de São Paulo testam soluções diferentes como no estudo realizado em setembro do ano passado.

O Contactless, ou NFC

Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Cartão de Crédito e Serviços (Abecs), em 2019, existiu um aumento de 565% no número de transações via contactless frente ao ano de 2018. O estudo mais recente da Capterra sobre o uso de NFC no Brasil mostra que 59% dos entrevistados já realizaram transações aproximando o celular às maquininhas (n=514). É importante analisarmos a tendência e entender que não falta vontade dos usuários de adotar a tecnologia.

A adoção é gradual e, aos poucos, as instituições bancárias já estão a pleno vapor para implementar os sistemas em seus cartões, aumentando gradativamente o acesso no mercado brasileiro. Já na Europa e América do Norte, a tecnologia foi implementada mais rapidamente. De acordo com a Associação comercial UK Finance, o Reino Unido já efetua mais pagamentos via contactless do que dinheiro em espécie.

Símbolo de pagamento por aproximação (Contactless) ou NFC

E é bem fácil. Para identificar um dispositivo que aceita NFC, ou Near-Field-Communication, basta perceber se o ícone está presente na parte superior da máquina que receberá o pagamento.

Quando você leva seu cartão contactless ou celular a cerca de 4cm do dispositivo de pagamento, as informações são transferidas para autorizar seu pagamento. Além da praticidade de não precisar utilizar uma senha nos valores abaixo de 50 reais, as transações efetuadas pelo celular são “tokenizadas”, ou seja, elas não revelam os dígitos verdadeiros do cartão, simulando um novo número para que ninguém acesse informações permanentes do seu cartão.

Do ponto de vista da experiência do usuário, é um gesto bem intuitivo, mas ainda precisa de tempo de estrada e barateamento de custos de emissão para atingir uma grande parcela da população brasileira.

Sistemas como o Apple Pay, Samsung Pay e o Google Pay (atualmente é o que autoriza mais cadastros de cartões brasileiros) são um dos principais aplicativos que permitem que o modelo de pagamento via NFC seja utilizado por celulares e dispositivos móveis.

O QR Code

No caso do QR Code, a vantagem é que ele não depende necessariamente de estar conectado ao sistema de emissão de cartões ou mesmo ter uma bandeira para funcionar. O levantamento da Capterra aponta que 57% dos entrevistados na pesquisa já realizaram pagamentos com a tecnologia (n=514).

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Por ser um código de barras bidimensional que pode ser gerado em instantes, ele pode assumir formas diversas e armazenar dados complexos, como URLs de sites, cartões de visita e até mesmo protocolos de pagamento. Os pagamentos são feitos apontando a câmera dos dispositivos móveis para o QR Code, que conterá os dados para que a transação seja realizada instantaneamente.

Das maquininhas, a Getnet e a Cielo utilizam suas redes e protocolos próprios. A Stone recentemente fechou uma parceria com a Ame Digital para ampliar a rede para mais de 400 mil maquininhas da empresa no Brasil. Nós, da Trampolin, temos nosso próprio protocolo também. E por mais que uma empresa se destaque no cenário, é desvantagem para o usuário tramitar entre aplicativos e protocolos diferentes toda vez que for realizar um pagamento com a tecnologia.

Para o melhor uso desse serviço que emerge no setor de pagamento, o Banco Central já se posiciona para garantir protocolos mais universais para pagamentos com QR Code com a chegada do PIX, em novembro deste ano. Nós também estamos na linha de frente desse sistema, que já dispõe de amplo material de implementação e está sendo estudado por nossa equipe de desenvolvimento.

A Trampolin e as novas tecnologias de pagamento

Na Trampolin, buscamos soluções para que nossos clientes, e consequentemente os usuários finais, possam usufruir das vantagens de pagamentos a distância no dia a dia. Nossos produtos já possuem serviços de pagamento instantâneo entre contas digitais da mesma carteira via leitura de QR Code com nosso protocolo, que não necessita de contato físico para ocorrer.

Além disso, nossa equipe de desenvolvimento está trabalhando para viabilizar os cartões virtuais voltados para pagamentos online. No nosso roadmap, estamos estudando a viabilidade de integração dos cartões virtuais com aplicativos de aproximação como Apple Pay, Samsung Pay e Google Pay, e possibilitarão que os usuários possam realizar pagamentos NFC mesmo sem um cartão físico.

Como o Contactless e o QR Code ajudam a diminuição de contágio do Covid-19?

Para garantir a segurança de todos os envolvidos em transações pessoais, as tecnologias que apresentei aqui estão sendo usadas com muito mais frequência por quem quer evitar contato com as maquininhas e dispositivos móveis de terceiros.

Ao invés de colocar seu cartão físico com chip dentro de uma maquininha, o NFC permite apenas aproximá-lo para efetuar um pagamento, evitando o contato físico entre quem efetua o pagamento e quem recebe também. No caso do QR Code, a distância pode ser até maior, diminuindo muito mais as chances de contágio.

A possibilidade de pagamento com essas tecnologias, no entanto, deve ser uma via de mão dupla. O atraso tecnológico de parte do varejo em adotar novos métodos e a falta de treinamento dos colaboradores para uso dessas ferramentas são grandes fatores da dificuldade de adesão. E não é por falta de demanda do mercado, que, no momento da pesquisa, em janeiro deste ano, está muito inclinado a adotar novas tecnologias para facilitar pagamentos.

Com o contínuo e infeliz alastramento do vírus, é esperado que uma parcela significativa do varejo venha a atender esses anseios, dessa vez não apenas por questões financeiras, mas também sanitárias.

Luis Felipe Carvalho

Entrepreneur | Co-Founder at NG.CASH, Prof. 😉

4 a

Excelente resumo das opções de pagamento via celular, sem a necessidade de qualquer meio físico como cartão de plástico ou papel moeda. Concordo que esse formato de pagamento vai dominar o mercado muito em breve. Quem experimenta não volta. Estou usando direto aqui na Alemanha, nem sei mais onde está a minha carteira....pagamento na rua, só com celular.

Lucca Freire

Ton | Banking as a Service | Partner at Stone Co.

4 a

Um time de craques! #ansiosopeloPIX

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