O cristão precisa ser patriota?
Brasil, 524 anos de nosso descobrimento!
Por que ser patriota é nossa tarefa se nossa verdadeira pátria é o céu? Qual a diferença entre ser patriota e nacionalista? Qual seria a melhor forma de patriotismo? De quem é a nossa terra? Há muitos aspectos de nossa relação com a pátria que podemos tratar do nosso ponto de vista cristão.
Vamos começar com a definição de Webster (1828), um dicionário com cosmovisão cristã, da palavra patriotismo.
Patriotismo é o amor pela pátria; a paixão que visa servir o país, seja defendendo-o de invasões, protegendo seus direitos e mantendo suas leis e instituições vigorosas e puras. O patriotismo é a característica de um bom cidadão, a paixão mais nobre que anima um homem no papel de cidadão.
Pense comigo em alguns aspectos desta definição em nossa vida:
Além de interceder pelo país, pessoas com habilidades administrativas devem se envolver em cargos públicos. A Igreja como instituição não deve se envolver em nenhum programa político ou favorecer alguém em qualquer posição, ou mesmo receber dele algum favor, mas deve discipular cristãos comprometidos que atuem nesta área. Provérbios 29:2 afirma que, quando o justo governa a cidade se alegra, não apenas os crentes.
Daniel, um jovem acadêmico muito qualificado, foi selecionado para a liderança de um país que nem era o seu. Sua principal característica: um coração puro e íntegro diante do Senhor. Dedicado a seu Deus, foi bênção para reis que se perturbaram pela sua incredulidade, foi firme em sua ética, um marco para Israel e para os gentios.
Recomendados pelo LinkedIn
Neemias é outro exemplo de liderança piedosa em meio ao caos. Com seu coração firme na Lei, com o apoio de homens leais como Esdras, ele reconstrói a cidade destruída, com patrocínio de quem fora anteriormente seu opressor. Não sem lutas, conduzindo o povo numa jornada espiritual, mas com muita competência na gestão das pessoas e dos recursos, ele faz prosperar o seu país outrora destruído.
O oposto também é verdade. Herodes prende cristãos para ter a simpatia dos judeus a seu favor, diversos reis de Israel fazem aliança com reis estrangeiros que beneficiavam a si mesmos. Quando este era o caso, o povo todo sofria as consequências das decisões erradas e impiedosas de um mau governante.
Por fim, a proclamação do Evangelho na nação trabalha na direção da voz profética de Amós e Isaías que condenam a opressão, a corrupção, a mentira, a exploração de pessoas, especialmente das mais fracas e com maiores necessidades. Com o cuidado de não ser partidário, a não ser pela verdade do Evangelho, o cristão patriota protesta como cidadão por caminhos ímpios que seu país toma porque sabe que as consequências são péssimas para todos, não apenas para si mesmo. Não é questão de livrar a própria cara ou beneficiar o cristianismo, é a verdade que a lei de Deus cumprida abençoa espiritual e materialmente uma nação.
Então, você se considera um patriota?
Convido você a, neste mês de abril, se engajar em atitudes de amor pelo país:
Quer entender melhor a herança cristã que nosso país tem? Estude o volume 5 de nossa coleção Aprender a Palavra!
por André Lima — editor-chefe