O medo, a idiotice e a liderança

O medo, a idiotice e a liderança

O medo, a idiotice e a liderança

“Os maus, que nascem constantemente em nosso meio, muitas vezes parecem ser anjos da Luz, do Espírito e da Inteligência, seres encantadores, dotados de uma fascinação superior ao comum dos mortais, tão amorosos aparentemente sempre despertando amor, mesmo entre os de natureza normalmente cínica. Na verdade, parecem meigos e doces, porque faz parte do seu gênio diabólico ter todas as qualidades para todas as espécies de homens, ser grave entre os graves, compassivo entre os sensíveis, nunca abertamente hostis ou beligerantes, flexíveis de temperamento, de expressão franca, invariavelmente dotados de grande magnetismo. A cada geração surgem mais seres perversos do que chegamos a tomar conhecimento, mas aqueles que, por infelicidade, partilham do seu sangue, têm consciência de que existe um demônio entre eles. Que Deus te preserve, e a mim também, de encontrar um desses seres no casamento, ou entre os nossos filhos!” (Proust) Quantos seres perversos estão entre nós, brasileiros? A idiotice e a soberba perseguem aqueles que se consideram donos da verdade quando estão no poder. Quando Justiniano, o imperador cristão, destruiu a grande e famosa biblioteca de Alexandria – que continha grande parte da sabedoria do mundo – no ano de 500 A.D., salvaram-se poucos dos grandes livros e poucos dos preciosos pergaminhos escritos pelos sábios. Desse modo foi negado para sempre à humanidade o acesso à sabedoria, aos conhecimentos adquiridos nas ciências, nas literaturas, na poesia, e acumulados nas eras anteriores a Cristo – e tudo sob pretexto de “preservar a pureza do cristianismo contra a corrupção dos escritores pagãos”. Foi como justificou o novo convertido ao cristianismo, Justiniano, com uma virtude edificante. Regra geral é assim que se comportam os idiotas que chegam ao poder, eles confundem “alhos com bugalhos”, por lhe faltarem conhecimento, razão e senso. Mas não cabe apenas a Justiniano a responsabilidade de conter o avanço da humanidade. A idiotice persegue os que se consideram como orientadores da humanidade, e está presente em vários períodos da História, praticada por religiões e ideologias satânicas. As mais prejudiciais foram as que atrasaram efetivamente em séculos o progresso da humanidade, sobressaindo entre elas a Inquisição, chamada “O Reinado do Medo”. De 1478 a meados do século XVIII, a Inquisição foi a mais poderosa instituição da Espanha e de suas colônias nas ilhas Canárias, na América Latina e nas Filipinas. A partir de 1536, no vizinho Portugal e nas colônias portuguesas na África, na Ásia e no Brasil, a Inquisição foi preeminente durante 250 anos. Isso quer dizer que foi uma força significativa em quatro continentes por mais de três séculos; um período que se estende da unificação da Espanha sob Fernando e Isabel, no século XV, às guerras napoleônicas. Essa enorme abrangência de tempo e espaço é condizente com o tamanho do crime observado. Foram instaurados processos contra feiticeiras no México, no Brasil, franco-maçons sediciosos, hindus, judeus, mulçumanos e protestantes, padres fornicadores e marinheiros sodonistas. As práticas culturais indígenas, a feitiçaria e a superstição não eram toleradas, ainda que muitos adivinhos e feiticeiros fossem evidentemente medíocres. O poder estava no cerne da Inquisição, assim como, inevitavelmente, a religião permeava o campo da política. A Inquisição foi à primeira semente dos governos totalitários e da institunacionalização do abuso racial e sexual. É evidente que a Inquisição acreditava que o medo era a melhor forma de alcançar fins políticos. Como afirmou o historiador francês Bartolomé Benassar, tratava-se de uma “pedagogia do medo”: uma armadura político-institucional destinada a propagar o terror na população, cujos interesses supostamente deveriam defender. O medo se espalhava no seio da sociedade devido o poder da Inquisição de provocar a ruína social e econômica, confiscar os bens das vítimas e condená-las à pobreza, expulsá-las de sua cidade natal e decretar que seus descendentes não poderiam ocupar nenhum cargo público nem usar joias, sedas e outros adornos de prestígio. O medo provinha, acima de tudo, do princípio do sigilo, o que significava que o acusado desconhecia o nome de seus acusadores. A Inquisição trocou o amor pelo ódio anulando os ensinamentos de Cristo e a razão de ser da Igreja. Três séculos que atrasaram a ciência, o avanço do conhecimento e o progresso da humanidade. A inquisição como o comunismo, o nazismo representam exemplos de como se escraviza um povo por meio do ódio, do medo e da mentira. A diferença para os nossos dias sob o comando do PT, de Lula e Dilma é apenas de método. Enquanto a Inquisição, o nazismo e o comunismo matavam por prazer de matar, o método utilizado pelo petismo é a morte sem dor, no curto, médio e longo prazo através do carrasco da mentira, da incompetência, da insegurança que mata milhões de inocentes brasileiros, através da precariedade dos transportes que causa doenças psicossomáticas, da assistência à saúde que não cura e aumenta o sofrimento, da sem-vergonhice, da ruína social e econômica, do confisco de propriedades através da invasão de propriedades, da reserva legal, da política ambiental antieconômica, da contaminação da imundície moral e da desesperança que mantém o Brasil sem dinâmica. Por causa desses gênios do mal, o Brasil teve o seu desenvolvimento travado ação que irá refletir em várias gerações. O que causa espécie e reflexão é que o povo na sua maioria já percebeu que o Brasil nas mãos do PT caminha celeremente para o abismo, por isso tem ido às ruas para protestar e pedir a saída imediata da Dilma e do PT do poder para salvar o Brasil, entretanto, o que se verifica na realidade é que está faltando um líder autêntico que não esteja comprometido com as pedaladas do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, e que não tenha medo de afastar a podridão política e a teia de corrupção que cerca as instituições e deforma a república federativa transformando-a numa casa de comércio. Leonidas Donskis, afirma que a nossa época é caracterizada pelo medo. Desenvolvemos uma cultura do medo que está se tornando cada vez mais poderosa e global. Nossa era de autorrevelação, fixada no sensacionalismo barato, nos escândalos políticos, nos reality shows e em outras formas de autoexposição em troca da atenção do público e da fama, valoriza incomparavelmente mais o pânico moral e os cenários apocalípticos que a abordagem equilibrada, a ironia leve ou a modéstia. Por trás dessa tendência está o medo esmagador de desmoronar ou de ser quem se é; o medo da desimportância; de desvanecer no ar sem deixar vestígios de visibilidade e presença; de estar distante do mundo da TV e da mídia, o que equivale a se tornar uma não entidade ou ao fim da própria existência. Houve um tempo em que os filósofos fatalistas e pessimistas, com todas as suas previsões quanto à ruína final da cultura europeia ou ao colapso do mundo ocidental, pareciam uma voz do século XX com suas trágicas e sombrias experiências da Primeira Guerra Mundial, da Grande Depressão nos Estados Unidos, da ascensão de ditaduras totalitárias e outras formas de barbárie moderna. Os movimentos de rua, dos brasileiros conscientes precisa ter um nome para puxar o movimento, para consolidar a insatisfação popular e que tenha condições de ocupar o comando do país para que seja possível e viável a reversão do cenário atual. Temos que recriar a República Federativa do Brasil, pois a que estamos vivenciando está toda corrompida e furada pelos ratos trazidos pelos mentirosos e incompetentes. As ruas tem que ter um líder autêntico para puxar o novo Brasil. Armando Soares – economista e-mail: teixeira.soares@uol.com.br

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