O custo invisível da dedicação extrema

O custo invisível da dedicação extrema

No frenesi do cotidiano corporativo, é fácil perder de vista o que realmente importa. A ambição, muitas vezes, torna-se o combustível que nos mantém em movimento, e, sem perceber, começamos a viver para trabalhar, ao invés de trabalhar para viver. A sensação de urgência constante, os prazos inadiáveis e as responsabilidades crescentes nos prendem em uma rotina onde a dedicação extrema parece ser a única opção viável.

No entanto, à medida que os anos passam, essa dedicação incansável cobra seu preço. O corpo se desgasta, as relações pessoais se enfraquecem, e aquilo que um dia foi visto como sucesso começa a se revelar como uma armadilha invisível.

O workaholic vive com a ilusão de que seu comprometimento com o trabalho é uma virtude inquestionável, mas, na verdade, esse comprometimento, quando levado ao extremo, nos afasta das experiências que dão sentido à vida: o tempo de qualidade com os entes queridos, a descoberta de novos interesses, o simples prazer de estar presente em momentos cotidianos.

Os danos não surgem de forma abrupta, mas se acumulam silenciosamente. Um relacionamento negligenciado aqui, uma oportunidade de descanso perdida ali, e, de repente, percebe-se que os anos se passaram e muito do que realmente importa foi deixado de lado.

Quando a carreira atinge seu auge, o que resta além disso? O reconhecimento profissional e as conquistas financeiras não preenchem o vazio deixado pela ausência de uma vida pessoal rica e significativa.

Trabalhar com paixão é importante, mas é preciso encontrar o equilíbrio. É necessário lembrar que somos mais do que nossos cargos e títulos. É fundamental reservar tempo para cuidar de si, para cultivar relações autênticas e para reconectar-se com o que traz alegria e propósito. Caso contrário, corre-se o risco de, ao olhar para trás, perceber que se viveu anos de sucesso profissional, mas que, fora isso, muito pouco foi construído.

A lição é simples, mas profunda: o trabalho é apenas uma parte da vida, e não a totalidade dela. O verdadeiro desafio não é apenas ser bem-sucedido no trabalho, mas, sim, ser bem-sucedido na vida, em toda a sua complexidade.

Obrigada por compartilhar essa importante reflexão 👏🏻👏🏻👏🏻

Ivan Bressan

New Model & Technology Development Manager na AGC Vidros do Brasil

2 sem

Muito bom… desafio constante manter o equilíbrio dos pratos e o real valor da vida.

João Ralph Camara Clemente 🌿

Engenheiro Eletricista | Especialista em Desenvolvimento e Integração de Sistemas | Engenharia Clínica e Aeroespacial

2 sem

Certa vez li num livro que “em leito de morte não se vê (ou lê) currículo ….” Nos momentos derradeiros da existência nenhum CEO, Líder, Chefe ou mesmo um “colega” estará a teu lado agradecendo ou reconhecendo seus resultados ou dedicação exacerbada ou pelas viagens com afastamentos prolongados enquanto trabalhando. Quem fica muitas vezes ao lado no leito de morte é a família muitas vezes sacrificada pelos excessos de “dedicação”. Mesmo sabendo dosas a “régua de 24 polegadas” simbólica e representante por exemplo do dia que possui 24 horas para distribuirmos o compromisso laboral, social, conjugal, filial e paternal deixamos em segundo plano que de fato nos é importante. Hoje, passados mais de 35 anos de labuta vejo que deveria ter dedicado mais tempo e qualidade de vida com minhas Filhas, Pais e Esposa rindo mais, ouvindo mais e vivendo com mais qualidade e intensidade, ou seja, ato falho pois me dediquei em excesso aos que mais tempo convivia em ambiente corporativo onde raramente a empatia pelo menos estava presente. Nesse exílio forçado, mas necessário algumas pessoas pude conhecer, admirar e ser correspondido a ponto de fazer sentido a palavra amizade em lugar de coleguismo. Só me faltou a sabedoria de lidar com o tempo

Muito bom Wantuir. É notório e notável essa procura exacerbada de homenoffice. Todos sabemos que trabalhamos mais em casa , porém estamos perto da família. Mas deixar ou reduzir drasticamente essa promoção de encontros com seus colegas , torna-se invisível e a vida vai cobrar esse preço.

Ricardo Cesar Manolio

Gerente de Projetos | Scrum Master | T.I. | TOTVS | Protheus | ERP | PMP

4 sem

Excelente texto, o equilíbrio é fundamental em todos os segmentos da nossa vida, seja profissional ou pessoal. Obrigado por compartilhar a linda reflexão professor.

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