Se ainda não assistiu ao documentário 'WE ARE THE WORLD' no Netflix? Se nao viu, corra. Esta produção conta a história por trás da criação da icônica música que reuniu as maiores estrelas do pop dos anos 80.
Neste breve texto, farei um paralelo entre o documentário e o ambiente corporativo, destacando erros e acertos, na minha ótica. - Pode ler numa boa, os spoilers não mudam a experiencia, pois se trata de um doc.
Resumindo, terem conseguido gravar a música numa única noite, improvisando, foi quase um milagre. A oportunidade surgiu durante o American Music Awards, quando todos os principais artistas estavam na cidade.
É emocionante ver Lionel Ritchie, velinho, compartilhando histórias incríveis sobre o processo de criação e desenvolvimento, além de testemunhar a presença de tantas lendas no estúdio, como Michael Jackson, Stevie Wonder, Bruce Springsteen, Tina Turner, entre outros.
Dito isto, vamos aos paralelos com o ambiente corporativo:
Efeito Michael Jackson: MJ era uma lenda viva, capaz de arrastar e impressionar multidões, todos sabem. Mas vê-lo impor respeito pela imagem de dentre lendas como Ray Charles é outra historia. Chega a ser cômico como todos ali admiravam tanto a figura de Michael que tinham receio até de fazer sugestões. Assim como MJ impunha respeito entre lendas, alguns líderes corporativos podem impor sua visão de forma dominante. Suas palavras podem ter um peso desproporcional, intimidando até mesmo durante brainstormings. No documentário, essa dinâmica também se manifestou, criando um ambiente de comunicação desafiador, tanto pelo destaque quanto pelo medo do olhar do outro.
Liderança Altruísta: Quincy Jones desempenhou um papel fundamental naquela noite, orientando e incentivando os artistas com tantos egos inflados, muitas vezes ele parecia um professor com seus alunos, muitas vezes gritando; outras endossando e elogiando.Ver Bob Dylan, que não achava a própria voz, foi engraçado e inusitado. Então Steve Wonder começa a tocar o violão, para deixa-lo mais relaxado, imitando a própria voz, para que Bob Dylan pudesse ganhar confiança e gravar suas falas. Da mesma forma, nas empresas, precisamos de líderes que apoiem e incentivem, mesmo quando não estamos totalmente preparados. Eles nos ajudam a superar desafios e alcançar metas aparentemente impossíveis.
Ambiente Acolhedor: Aqui, faço um paralelo com um autor que admiro, o psicanalista Donald Winnicott. A placa na porta dizia 'Deixe seu ego aqui' foi verdadeiramente aplicada na prática. Após um período, alguém teve a brilhante ideia de pedir autógrafos para seus ídolos, transformando ídolos em admiradores de outros ídolos. Gradualmente, vemos essas personalidades se permitindo expor suas vulnerabilidades, ensaiando ao som do piano de Ray Charles antes da nova gravação. A luta pela afirmação individual dá lugar ao trabalho em grupo e ao objetivo comum. No contexto corporativo, essa dinâmica pode ser comparada com equipes que alcançam metas conjuntas, onde o coletivo tem mais valor do que o indivíduo."
Estas são minhas análises.
Já assistiu ao documentário? Concorda ou discorda?
Gerente de Operações Financeiras | Coordenador de Serviços Fiduciários | Gerenciamento Middle e Back Office | Relacionamentos com Clientes | Negociações | Consultoria e Planejamento Financeiro
Excelente documentário e comentários a respeito.
O que me chamou muito atenção, e aqui vai minha colaboração com seu comentário, foi a participação/condução de Leonel Ritchie, que foi o artista mais premiado da noite e em nenhum momento usou isso de soberba para engajar os astros da gravação da música. E fez a gestão do projeto com maestria e humildade.
Eu amei o documentário, era pequena na época do lançamento da música. Eu só pensava ao assistir o filme, que noite, que oportunidade única. E hoje fico imaginando quem estaria naquela sala...
Gerente de Operações Financeiras | Coordenador de Serviços Fiduciários | Gerenciamento Middle e Back Office | Relacionamentos com Clientes | Negociações | Consultoria e Planejamento Financeiro
10 mExcelente documentário e comentários a respeito. O que me chamou muito atenção, e aqui vai minha colaboração com seu comentário, foi a participação/condução de Leonel Ritchie, que foi o artista mais premiado da noite e em nenhum momento usou isso de soberba para engajar os astros da gravação da música. E fez a gestão do projeto com maestria e humildade.
Professor na FGV, Palestrante, Consultor e Empresário
10 mVou assistir ! Parabéns antecipadamente pela sensibilidade e comparação com o mundo corporativo , a vaidade, o ego e a ideia de conjunto vencedor .
Economista e Planejadora Financeira CFP_ Doutoranda em Psicologia Clínica - Linha de Pesquisa Psicologia do Dinheiro
10 mEu amei o documentário, era pequena na época do lançamento da música. Eu só pensava ao assistir o filme, que noite, que oportunidade única. E hoje fico imaginando quem estaria naquela sala...
Pai da Gigi e do Lipe, Campeão da Libertadores em 2023 e apaixonado por inovação na aviação e na logística...
10 mMuito show o paralelo.. vou assistir!!
Professor Doctor (DBA), Entrepreneur, Consultant, Board member, TEDx Speaker, Funding Specialist
10 mMuito boa a analogia Augusto Uchôa! Depois disso, com certeza vou assistir ao documentário! Parabéns!