O ERRO DE CHARLIE MUNGER

Sábado passado, dia 1 de Maio de 2021, foi feita a reunião anual da Berkshire Hathaway, mas, diferente do que acontece em todos os anos, não foi presencial, o que possibilitou a presença de Charlie Munger nos altos dos seus 97 anos.

Um dos destaques foi o comentário que Munger fez sobre o bitcoin. Vou reproduzi-lo para então tecer considerações: “É claro que eu odeio o sucesso do bitcoin. Eu não dou as boas vindas para uma moeda tão útil para quem pratica sequestros e extorsões”.

É interessante notar que ele começa sua argumentação expondo ódio sobre o sucesso da criptomoeda e não dela em si. O que mostra que seu argumento está mais alicerçado em seu ego do que em evidências.

Lembrando que Charlie Munger é conhecido por ser muito arrogante. O que evidencia em sua fala. Afinal, nada precisa das boas vindas de Munger para dar certo. Ele não é Deus e nem tudo que acha é correto.

Partindo para o segundo argumento, também não faz sentido, porque qualquer moeda pode ser usada para sequestros e extorsões. O que as pessoas fazem com algo não o invalida. A mesma eletricidade que alimenta nossas casas, mata pessoas na cadeira elétrica.

A crítica dele se deve ao fato de haver anonimato no uso do bitcoin. Existe o benefício de não ser controlado por qualquer governo. São duas faces da mesma moeda e possuem tanto lado positivo como negativo.

Antes que alguém venha me dizer quem sou eu para criticar Charlie Munger, digo que não sou melhor do que ele, e nem pior. Quem segue discursos com rótulo de autoridade, está fadado a seguir cegamente para o buraco.

O mundo já não é o mesmo e nem vai ser. Prefiro dar ouvidos a Elon Musk, que coloca seu patrimônio e todo seu tempo a produzir mudanças significativas, do que alguém que ficou rico utilizando um método de meio século atrás.

O mundo muda e quem não muda com ele vai ficando para trás. Os bilionários de 100 anos estão todos mortos e seus negócios também. Olhe para frente.