O espiral de dívida e o colapso da economia fiduciária🔴
Como sempre, antes de ler este conteúdo, aproveita para seguir @caueconomy e compartilhar esta thread. Este conteúdo é derivado de um relatório publicado ontem no BlockTrends PRO e para conhecer mais sobre nossos produtos basta acessar esta página.
Acredito que antes de entender o Bitcoin, é preciso compreender a razão da sua existência. Uma forma de entender a falha sistemática no padrão fiduciário é através da aerodinâmica.
Um conceito bastante conhecido na aerodinâmica é chamado de Ciclo de Instabilidade Dinâmica Fugóide.
Esta instabilidade deriva de uma pertubação no estado de estabilidade de um fenômeno físico. Entretanto, este texto não é sobre física, mas sim sobre economia e bitcoin.
O que estamos vendo em termos de ciclos de expansão e contração monetária, utilizando ferramentas como juros e emissão de dívida, pode ser diretamente relacionada a uma onda senoidal.
Um fenômeno físico existente em outras coisas da natureza, mas aqui possui uma causa humana. Após 1971, com o surgimento da economia fiduciária e perda da paridade do dólar com o ouro, o déficit fiscal ficou cada vez maior.
Podemos entender déficit como a diferença negativa entre a arrecadação e o gasto governamental. Em períodos de diferença positiva, é conhecido como surplus.
Note que aqui temos o tipo de pertubação B(da primeira imagem da thread), criando uma dinâmica de queda e déficit cada vez maior. Isto significa que o governo norte-americano (assim como a maioria dos outros) gasta mais do que arrecada.
Então como ele financia a diferença? Por meio de dívida!
O governo emite títulos de dívida e utiliza para cobrir a falta de capital derivada do déficit fiscal. Além disso, quando a dívida se torna mais difícil de pagar, ele adota políticas monetárias de redução de taxas de juros.
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Ao reduzir juros, o custo da dívida reduz, mas com uma condição CRUCIAL: ela permite a maior criação de dinheiro por meio de bancos comerciais. Eu não vou entrar no mérito aqui da criação de dinheiro, pois isto teria que ter outra thread dedicada.
Qual o problema de permitir a maior criação de moeda? Aumento na inflação de preços.
O que acaba gerando a necessidade de subida de juros para reduzir consumo e o ciclo reinicia. A questão é que a cada novo ciclo, o impacto desta alteração de política monetária gera mais dívida.
O modelo abaixo é calculado através da relação da taxa de juros com o rendimento do título de 5 anos e o crescimento da dívida pública nacional. Note como ele é uma visualização clara de uma onda senoidal, se expandindo a cada novo ciclo de juros e recessões.
Este modelo evidencia que a cada novo ciclo de expansão e contração na política monetária, um efeito ainda maior surge na dívida pública nacional do ciclo seguinte. Este é o ESPIRAL DE DÍVIDA que a economia fiduciária se encontra e isto surgiu após a década de 70.
Diferente da política monetária fiduciária lastreada em dívida infinita, o bitcoin possui uma política monetária previamente definida e um limite de emissão. O bitcoin surge como uma consequência natural de contraposição a este sistema insustentável de criação de dinheiro.
Não sabemos quando o sistema fiduciário irá colapsar, mas a verdade é que neste processo ele destrói riqueza por meio da degradação do poder de compra e aumenta a disparidade social. Hoje, graças à internet, temos uma forma alternativa de contrapor isto.
Adotando bitcoin para o longo prazo! Mesmo não conseguindo sair completamente do sistema fiduciário, cada indivíduo pode começar a poupar através do bitcoin e guardar a prova do seu trabalho numa propriedade que não pode ser degradada pelo estado.
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