O fim dos veículos a combustão até 2030.
Em 2016 uma notícia bombástica pegou o setor automotivo de surpresa, inspirando uma série de matérias relacionadas e algumas previsões sombrias: a Alemanha proibiu a produção de veículos de combustão no país a partir de 2030.
Começa um amplo bate cabeça, não somente no Brasil, inflamado com as opiniões de analistas de conjuntura, seguida de executivos ponderando como isso afetaria os planos, especulação sobre as possíveis (inevitáveis, segundo vários) repercussões na indústria global, chegando à local.
Só que não era bem assim. E não era fake news. Era... uma tradução mal-feita. Levei 3 dias para chegar nisso. A matéria na Der Spigel, obviamente em alemão, citava a opinião de um parlamentar alemão do partido Verde, que clamava por uma decisão deste tipo. Alguém nos EUA acionou sua ferramenta de tradução e... estava feito o estrago. E quando isto está na Forbes, repercute ainda mais.
Esse é um exemplo real. Muito aconteceu depois disso e estes planos para o inexorável fim dos motores a combustão foram revistos sob outros contextos. Mas fica a dica. Nem vou entrar no mundo das fake news. Só que toda essa falsidade existente e potencial é uma oportunidade para os profissionais de comunicação observarem e aprenderem. Mas:
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Estes 3 desafios foram muito bem apontados pelo impecável Shaun Randol no Substack Mister Editorial. Recomendo assinar. Foram os R$ 85,00 / mês mais bem aplicados dos últimos tempos. A recomendação que ele nos dá é:
Desenvolver um plano de que inclua táticas para lidar com um incidente deepfake, incluindo colaboração multifuncional, funções e responsabilidades claras e canais de comunicação bem definidos.
Como qualquer bom plano de comunicação de crise, certo? Mas se esperar o primeiro problema de vazamento de dados ou algo mais sério, será tarde... não é mais uma questão de SE, mas sim de QUANDO...