O imponderável é a mudança

Coloque-se no lugar do Presidente da República, dos Governadores, dos Prefeitos, dos empresários que tiveram seus negócios afetados negativamente pela pandemia do COVID-19. Que situação, não? São tantas variáveis para analisar e tomar uma decisão que abarque tudo, que acalme tudo e todos, que efetivamente se tenha a certeza de que é a melhor. Segmentos que não conseguem fugir das demissões, outros que mudam suas linhas de produção para entregar produtos que auxiliam no combate à doença, outros que doam quantias de dinheiro, micro, pequenas, médias, grandes empresas, nacionais, multinacionais, públicas, privadas, dos mais diversos segmentos, governos e municípios que trabalham alinhados ou desalinhados com a União, subsídios sendo concedidos de forma arriscada, sem falar na podre briga política versus a necessidade de colocar a vida e a economia em ordem. Quanta coisa para ponderar.

O imponderável é a mudança. E que mudança! Na fragilidade humana totalmente exposta diante de um cenário de guerra sem qualquer tipo de material bélico, vemos a necessidade da colaboração, do propósito, da união que traz força.

Decisões importantes terão de ser tomadas. Elas, sem dúvida, dividirão opiniões (já estão dividindo), mas como sempre, melhor tomá-las do que ficar em cima do muro. Afinal, a linha tênue entre a curva da doença e a bancarrota econômica precisa ser avaliada com carinho, com informação, com ciência e consciência.

Mas, voltando à mudança, quando tudo isso passar (e vai passar!), quero acreditar que ficarão lições aprendidas de um mundo que não voltará mais, uns menos afetados, outros mais, mas todos com oportunidades que antes também não existiam. Nossa fé precisa ser maior que nossa dúvida!