Bolsonaro ameaça, mas não demite Mandetta (por enquanto)
Bolsonaro ameaça demitir Mandetta, mas recua (por enquanto). No noticiário internacional, há esperança de melhora de novos infectados na Europa, levando bom humor às Bolsas ao redor do mundo.
Internacional
Países europeus informaram que as novas infecções desaceleraram durante o final de semana, o que trouxe bom humor às Bolsas ao redor do mundo no dia de hoje.
Embora seja cedo para afirmar que a melhor na Europa será consistente, os Estados Unidos se preparam para a semana mais severa desde o começo da crise de saúde. As Bolsas deverão seguir voláteis nos próximos dias.
Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, tem piora do estado de saúde e é movido para UTI. Boris, contaminado com o novo vírus, era cético sobre o impacto dessa doença à saúde, mas mudou de posição recentemente.
Brasil
A notícia mais importante foi a possibilidade de Bolsonaro demitir Henrique Mandetta, Ministro da Saúde.
No final de semana, Bolsonaro afirmou em um vídeo que haveria demissões em breve, de ministros que “viraram estrelas” e “falam pelos cotovelos”, nas palavras do presidente.
No final das contas, pelo menos até o momento que escrevo esse artigo, aparentemente Bolsonaro desistiu da demissão de Mandetta, mas seu cargo parece estar por um fio.
Bolsonaro havia mencionado há alguns dias que não demitiria Mandetta “em meio à guerra” do combate da crise de saúde. Mas agora a possibilidade é real.
O que a imprensa fala é que Osmar Terra, ex-ministro da Cidadania, poderia substituí-lo ou ajudar na indicação de novo ministro.
Osmar Terra é mais alinhado a Bolsonaro, e em artigo à Folha de hoje defendeu o presidente e o isolamento vertical, mencionando que “nos países europeus que radicalizaram na quarentena, em vez de diminuir, o número de casos aumentou muitas vezes e não houve achatamento da curva epidêmica”, sem mencionar que esses países endureceram as medidas depois que o estrago já estava feito.
Mandetta, por sua vez, segue as recomendações da OMS.
No estado de São Paulo, Dória prorrogou a quarentena até 22 de abril, nos moldes atuais.
Mercado
A Bolsa brasileira chegou a bater alta de 8%, mas atenuou a elevação no final da tarde, quando circulou a notícia de demissão do Mandetta.
O Ibovespa fechou o dia com alta de 6,5%, enquanto o S&P 500 americano mostrou elevação para 7,0%. O dólar está em R$ 5,29, uma queda de 0,6% no intraday.
Entre as maiores altas do dia estão as ações da Localiza, B2W, IRB Brasil, Intermedica e BRF, com altas entre 15% e 20%.
Entre as maiores baixas estão as ações da Eletrobras, Klabin e Usiminas, com quedas menores que 1%.
A queda do S&P 500 desde o começo da crise ainda é de 21%, enquanto o Ibovespa acumula queda de 38% desde a máxima de 119,5 mil pontos em 23 de janeiro de 2020.
Abaixo, o vídeo com os comentários do dia, em uma live que acontece todo dia às 18 horas, com perguntas e respostas dos espectadores.