O lado negro do empreendedorismo de que ninguém fala

O lado negro do empreendedorismo de que ninguém fala

O empreendedorismo é muitas vezes visto exclusivamente pelo prisma das histórias de sucesso.

Os potenciais candidatos andam inebriados à procura de ideias disruptivas, tecnológicas, de potencial valor ou tão somente de poder escolher os seus horários, trabalhar em qualquer lado e não ter que responder a um chefe. Pois é, mas existe o outro lado da moeda. E isso ninguém costuma ler em livros ou ouvir em palestras.

Há uma razão simples para ninguém falar sobre o assunto: as pessoas só compram aquilo que querem ouvir. E, de forma geral, ninguém gosta de ouvir a realidade, preferimos ouvir promessas intangíveis.

Com isto, proliferam os ditos "empreendedores de palco", das redes sociais que tudo vendem e que só apontam o lado bom do empreendedorismo, e “vivem” anunciando que você vai realizar os seus sonhos facilmente e será feliz eternamente, claro, cobrando fees e fazendo disto o seu negócio.

A verdade é que cerca de 90% das novas startups falham!

O lado menos bom, as dificuldades são factos que nunca são mencionados nas fantásticas palestras.

O maior erro que se comete no empreendedorismo é falar apenas das vitórias, como se as derrotas não existissem também. E o pior: as derrotas são muito mais comuns que as vitórias, como referi antes, as taxas de insucesso são extremamente elevadas.

Essa falsa ilusão passada pelos “gurus” do empreendedorismo leva muitas pessoas a entrarem em situações de rotura financeira, dívidas a médio e longo prazo, e problemas de ordem diversa, tudo isto após entrarem em contato com a realidade.

A realidade é que a grande maioria dos empreendedores acaba a lutar sozinho, a ter de fazer tudo e a maior parte das vezes sem conseguir penetrar nos mercados ou fazer vingar a sua “famosa” ideia ou produto, até porque se diz, a tua empresa ou projecto deve estar virado para o mercado internacional, o mercado em Portugal é muito pequeno.

Pois é, mas isto custa dinheiro, é preciso um investidor, um Business Angels, um projecto do Portugal 2020 ou outro corelacionado.

Então especialmente quando a meio do processo é necessário mais dinheiro para fazer a famosa internacionalização, e é preciso muito, porque a tendência é achar que as empresas se podem focar em todo o mundo, é só escolher. A internet e as redes sociais tudo resolvem, o conhecimento virtual e os likes são mais que muitos.

Outro aspecto não negligenciável são as próprias relações familiares que também ficam estremecidas. Pais, familiares, amigos que acreditam nos sonhos inovadores dos empreendedores, que ficam por vezes com a sua vida também condicionada financeiramente. O que não fazemos pelas pessoas que mais queremos.

Assusta-me pensar no que se vai passar daqui a 2/3 anos quando acabarem os Portugal 2020, os financiamentos acabarem e o sucesso não for alcançado. Qual vai ser o estado financeiro de milhares de jovens empreendedores, das suas famílias, quando todos começarem a cobrar. Como vai ser com o banco, com o empréstimo feito, com as dívidas da empresa, como pagar aos trabalhadores os seus direitos, e ao estado, sim esse aí é que não perdoa, etc.

Não me vou estender por aí, mas fica o alerta. Há coisas que podem ser mudadas, e uma delas, além do alerta que cito no parágrafo anterior, é que a maior parte destes empreendedores são jovens, com boa formação teórica e técnica, com muita vontade e excelentes ideias, mas, há competências que geralmente que não têm. Não sabem gerir empresas e não têm experiência, especialmente a comercial nem o networking certo nos mercados adequados. Quando falamos de mercados internacionais, então ainda é pior, porque não estão habituados a fazer negócios nem conhecem as realidades intrínsecas a cada mercado.

Além disso, pode ser complicado ficar vulnerável na frente dos seus potenciais clientes, já que é preciso mostrar uma atitude confiante. E, para muitos empreendedores, o seu próprio nome é a sua marca, portanto qualquer sinal de fraqueza pode prejudicar a sua imagem.

Normalmente a parte em que as startups apresentam maior debilidade é na vertente comercial. Falta a experiência, falta o conhecimento real dos mercados, faltam as pessoas certas e o mais importante, a estratégia certa definida e aplicada por quem conhece cada mercado. Os meios financeiros muitas vezes estão assegurados, por isso há que ver um pouco mais à frente.

Felizmente, hoje começam a aparecer soluções equilibradas com empresas que oferecem serviços comerciais de C-level.

Já é possível comprar/contratar em regime de Outsourcing o departamento comercial com quadros com expertise em diversos países, experiência no terreno, excelente network e relações de confiança estabelecidas ao longo dos anos.

Por estarem mais preparadas estas, empresas podem ajudar empreendedores que compartilham estas necessidades de desenvolvimento comercial.

Então quais são as vantagens mais evidentes:

·     Menor investimento/Investimento controlado

·     Time to Market mais curto

·     Resultados/vendas mais rápido

·     Contrato à medida por objectivos

·     Acesso a decisores C-level

·     Diminuição do risco

E como elas podem ser uma mais valia para estes empresários ou até gestores de empresas consolidadas que necessitam de expandir/internacionalizar os seus negócios?

Simples! Através do bom e velho networking presencial com equipas e pessoas profissionais com experiência que conhecem a idiossincrasia de cada mercado.

1+1=3

É preciso sair da zona de conforto, de só conhecer as pessoas virtualmente e começar a realmente encontrá-las pessoalmente. Só assim que negócios são feitos e oportunidades surgem.

Dê à sua empresa o departamento comercial que ela precisa e obtenha os resultados que espera.

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