O lento crescimento da presença feminina nos conselhos de administração e nas posições de diretoria
De acordo com o @IBGC, "há menor diversidade de gênero e raça em conselhos e diretorias, em comparação à diversidade entre os empregados". A pesquisa mais recente, realizada em 2024, evidencia um crescimento ainda tímido da participação feminina nos conselhos de administração e nas posições de diretoria. Vejamos os números:
Conselho de Administração
2021: 12,8%
2022: 14,3%
2023: 15,2%
Nas 389 empresas analisadas, apenas 42,4% possuem mulheres em cargos de diretoria. Esses dados são um retrato claro de como a evolução em direção a maior representatividade ainda ocorre a passos lentos, mesmo com os crescentes esforços e movimentos voltados à conscientização sobre diversidade.
Recentemente, durante um evento, abordei esse tema com um colega que atua na área de hunting. Ao questioná-lo sobre a resistência de alguns clientes em contratar mulheres, a resposta foi de que a resistência é pequena, mas existente. Perguntei, então, se ele realiza algum trabalho de sensibilização com esses clientes, e a resposta foi vaga. Isso me levou a refletir sobre o papel de consultores e CEOs nesse cenário. O que os impede de acelerar essa mudança? Quais são as barreiras reais que dificultam o avanço?
Ao longo da minha trajetória como executiva, observei que as empresas que valorizavam a diversidade promoviam discussões muito mais ricas no nível diretivo e eram mais receptivas à inovação, em comparação àquelas mais resistentes. Essa observação não se limita ao nível estratégico: percebi o mesmo nas equipes. Líderes que não restringiam suas escolhas por gênero lideravam times mais criativos e colaborativos.
Acredito firmemente na liderança representativa. Para que as decisões sejam mais assertivas, seja para consumidores, clientes ou para os próprios colaboradores, é essencial que as lideranças reflitam a diversidade desses grupos. É essa representatividade que traz inovação, colaboração e melhores resultados.