O mês de Prevenção ao Suicídio

O mês de Prevenção ao Suicídio

Os suicídios são muito mais frequentes do que você imagina. Atinge pessoas do mundo todo e de todas as idades. É uma das principais causas de mortes entre idosos e jovens (de 15 a 29 anos). E pelos motivos mais variados, desde condições socioeconômicas que geram transtornos mentais, até traumas vividos e não superados.

Falarmos disso é uma responsabilidade de todos, não só apenas dos profissionais da saúde. A cada suicídio, pelo menos 6 pessoas próximas são afetadas e tendem a desenvolver transtornos mentais. De acordo com psiquiatras, menos da metade das pessoas que cometem suicídio procuraram um profissional em saúde mental antes do ato. Principalmente pelo preconceito, mais forte nas gerações dos baby boomers e X, mas que ainda permanece nas gerações Y e W.

Então dedicarmos um mês para falar sobre isso é fundamental para o combate do preconceito, do estigma criado em cima das doenças da psique.

A história por trás do nome "setembro amarelo" não tem um final feliz, e imagino que não seria mesmo, pois estamos falando do mês de prevenção ao suicídio. Em 1994, um jovem de 17 anos tinha um mustang amarelo que era a paixão dele, e ele cometeu suicídio dentro desse carro. Os pais, que não desconfiaram que o filho passava por um quadro de depressão, fundaram um movimento para ajudar outras pessoas. Eles entregavam fitas amarelas (em homenagem ao filho) com frases incentivando as pessoas a identificarem os sintomas e a buscarem ajuda.⠀

E desde 2003, dia 10 de setembro é o dia mundial de prevenção ao suicídio. Uma tentativa mundial de incentivar as pessoas a discutirem sobre o tema e sobre a prevenção em diversas esferas de saúde e governamentais. Claro que não podemos falar dos transtornos mentais e dos eventos que levam as pessoas ao suicídio somente nessa época, é um trabalho constante de cada um de nós em identificar e pedir ajuda profissional.

Se falamos de suicídio no Setembro Amarelo, é difícil não falarmos sobre a depressão que é a principal causa do suicídio.

Ela é reconhecida como uma doença psiquiátrica crônica, sentida como uma tristeza profunda e uma desesperança de que vai passar. Você já teve um momento de grande tristeza na sua vida? A perda de alguém que amava, por exemplo? Agora imagine sentir isso todos os dias e não ter a esperança de que vai passar.

Dentre os sintomas que servem de alerta para um quadro de depressão, estão:⠀

  • alteração de peso (sem ter intenção de engordar ou emagrecer);⠀
  • alteração de sono (não conseguir dormir ou dormir demais);⠀
  • perda de energia (não conseguir executar atividades rotineiras que antes eram feitas sem problema algum);⠀
  • dificuldade de concentração (também em atividades que antes você executava sem problemas);⠀
  • baixa autoestima (falas e pensamentos negativos sobre si mesmo e até suicidas).⠀

Esses são alguns sintomas que, às vezes, não identificamos em nós e nos outros, achando que "vai passar" ou que é "só uma fase". O cuidado, o acompanhamento e a empatia com as pessoas que passam por isso, deve ser diária. Para cada pensamento "estranho" seu, ou, cada fala "suspeita" de alguém próximo, há um profissional da saúde preparado para ajudar.

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