O mercado hoje, 10/07/2019

ÁSIA: A maioria das bolsas de valores da Ásia fechou em alta na quarta-feira, sendo a exceção os mercados chineses, com investidores aguardando comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, para possíveis pistas sobre o próximo movimento do banco central sobre as taxas de juros. Na região, os players acompanharam o índice de preços ao consumidor da China, que em junho subiu 2,7%, em linha com as expectativas. Os preços dos alimentos em junho cresceram 8,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, acima dos 7,7% do mês anterior. Esta preocupante falta de inflação global é uma razão pela qual os investidores estão contando com o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, para soar adequadamente dovish quando testemunhar ao Congresso na quarta-feira. Enquanto isso, permanece no radar as negociações comerciais sino americanas, após informações de que funcionários do comércio dos EUA e da China realizaram conversas "construtivas" sobre comércio por telefone na terça-feira, segundo declarações do assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow.

EUROPA:  No velho continente as bolsas operam em campo negativo, a UE cortou sua previsão de crescimento e todos os olhos se voltaram para o depoimento do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na quarta-feira. Na região, a economia do Reino Unido voltou a crescer em maio graças a uma melhora na produção de automóveis após as paralisações de fábricas em abril. Os números sugerem que, embora a economia tenha desacelerado acentuadamente no segundo trimestre, provavelmente evitou uma contração maior. O governo informou que a economia cresceu 0,3% em maio, depois de encolher em abril. Enquanto isso, o rendimento de títulos públicos de 10 anos da Alemanha subiu para o maior nível desde 1 de julho, impulsionado por dados que mostraram que a produção industrial francesa em maio saltou para seu maior nivel mensal desde novembro de 2016. A produção industrial mensal da Itália também ficou muito mais forte do que o esperado.

EUA: Nos EUA os futuros trabalham em campo negativo, no que pode ser a quarta sessão consecutiva de baixa. O foco do mercado está em grande parte sintonizado com o testemunho do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Nos próximos dois dias, Powell deve falar sobre a desaceleração da atividade econômica e o aumento dos riscos, mostrando que o Fed está pronto para reduzir as taxas de juros conforme necessário. A visão predominante, precificada no mercado futuro, é de 100% de chance de corte de taxa de um quarto de ponto em 31 de julho. Durante a noite, o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, disse que o banco central dos Estados Unidos estava debatendo os riscos e benefícios de deixar a maior economia do mundo “um pouco mais quente”. Separadamente, a presidente do Fed, Esther George, disse que é improvável que a inflação dos EUA aumente em breve, embora manter as taxas de juros muito baixas por muito tempo cria ambiente para a estabilidade financeira. Na agenda dos dados econômicos, às 11h00 será divulgado os estoques de petróleo dos EUA.              Índice Dólar tem recuo após 3 altas seguidas; franco suíço, libra esterlina lideram ganhos ante a moeda norte- americana entre 16 principais pares, enquanto o Dólar tem alta branda frente ao peso mexicano, que caiu ontem sob efeito da renúncia do ministro das Finanças, Carlos Urzua, cuja saída foi a primeira grande perda de gabinete desde Andres Manuel Lopez Obrador e ocorre após Urzua denunciar conflitos de interesse no governo; Arturo Herrera, que era vice-ministro, foi nomeado para substituí- lo.

BRASIL: Os players retornam do feriado acompanhando a conclusão do debate sobre a reforma na câmara nesta madrugada, enquanto o0 presidente da casa, Rodrigo Maia convoca sessão para a manhã de hoje, quando tenta iniciar a votação da PEC da Previdência. Deputados favoráveis ao início da votação da matéria somaram 331, enquanto 353 votaram para encerrar a discussão, a reforma precisa de 308 votos favoráveis para ser aprovada. Levantamento do Estado mostrava ontem 298 votos favoráveis à proposta; 117 contrários e 24 indecisos; outros 65 não responderam e 7 não foram encontrados. Ontem, o início previsto da votação não se materializou em dia marcado por concessões em alguns pontos e notícias de liberação de emendas a parlamentares por Bolsonaro, que manteve discurso confiante. Em declarações para O Estado, Maia afirmou que há condições para votar em dois turnos nesta semana. Enquanto isso, a fala do Ministro da Saude, Luiz Mandetta, publicada pela Folha, de que liberação de emendas foi para aprovar Previdência causa polemica, ao passo que outros ministros são exonerados para votar em prol da reforma, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, foi exonerada para retornar à Câmara como deputada e reforçar o placar em favor da Reforma da Previdência. Também foram exonerados os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. A expectativa é que os ministros licenciados retornem aos respectivos cargos depois que a votação for concluída.

DOLAR:  Acumula dentro do estreito range que tem topo em 3.818 e fundo em 3.808, região de acumulação psicológica e são suporte e resistências imediatos onde apenas no rompimento trará sinal de nova aceleração direcional. Se perdido o suporte avança em direção aos 3.797 e abaixo encontra novos objetivos em 3.792 e 3.786 respectivamente. A projeção final fica nos 3.766. Se rompida a resistência imediata em 3.818 encontra parada significativa em 3.829, região forte que se rompida dá espaço livre para correção dos últimos movimentos até os 3.849, região esta ultima que se não for respeitada abre espiral de alta, com objetivos iniciais em 3.857 e 3.869. 

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