TODOS DE OLHO NO FOMC
Mercados globais cautelosamente em alta a espera das decisões sobre juros, inflação e indicadores macros da economia mais potente do mundo, olhos voltados para o discurso do Mr. Jerome Powell que acontece hoje as 16hs, horário de Brasília.
Na Ásia os mercados fecharam de forma mista o destaque positivo ficou com a bolsa japonesa, enquanto as bolsas de China e Hong Kong encerraram em baixa. Ontem foram divulgados dados econômicos da china relacionados a compra de residências novas, investimentos e o principal índice, vendas no varejo; Todos vieram abaixo da expectativa indicando uma desaceleração da economia.
Como se não bastasse, a capa do Financial Times trás uma declaração do Presidente Joe Biden considerando sanções mais duras a maior fabricante de chips da china e cogitando a possibilidade de colocar mais 8 empresas chinesas na "lista negra".
O mercado europeu também está cauteloso e ligado nas informações derivadas das decisões do FOMC (equivalente americano ao nosso COPOM, Comitê de Políticas Monetárias), os investidores aguardam qual será o tom do discurso do presidente do FED, pois isso pode impactar diretamente as ações do Banco Central Europeu e do Banco Central Inglês que tem suas respectivas reuniões marcadas para amanhã, as quais também trarão indicativos das estratégias econômicas que serão adotadas pelas instituições.
Nos Estados Unidos, a expectativa dos investidores é que tenhamos a manutenção da taxa de juros (0% - 0,25%) de curto prazo, mas todos estarão de olho nas declarações do chairman do FED Jerome Powell, que deve trazer indicativos se a autarquia americana irá acelerar a retirada dos estímulos monetários ou se a pandemia e a retomada mais lenta do mercado de trabalho americano irão atrasar os planos do FED. Um discurso em tom mais brando (DOVISH), pode derrubar o dólar e puxar as bolsas mundo a fora.
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No Brasil, tivemos ontem a aprovação na câmara do texto da PEC dos precatórios, incluindo trechos que estavam pendentes de consenso entre as duas casas.
Na agenda econômica tivemos a divulgação do IBC-BR, que é a previa do PIB brasileiro que veio com queda de 0,40% em outubro frente a setembro e 0,7% na comparação anual, já o IGP-10 veio com queda de 0,14% abaixo do esperado do mercado que era de 0,25%.