O mercado hoje, 13/05/2019

 ÁSIA: Os mercados asiáticos encerraram a sessão em queda, depois que as negociações comerciais entre os EUA e a China terminaram sem acordo na sexta-feira. Em entrevista no domingo, o assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, disse que o presidente dos EUA, Donald Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, devem se reunir na próxima reunião do G-20, no Japão. Na região, os players também monitoraram os dados de vendas de veículos na China com a 10ª queda consecutiva. Apenas as vendas de carros caíram 17,7% na mesma comparação de abril, enquanto as de veículos comerciais ficaram estáveis.

EUROPA: Na Europa os mercados trabalham em baixa, com investidores monitorando a evolução das negociações entre os EUA e a China, além de monitorar os balanços corporativos, e sinais de crescente instabilidade na política da Itália, em meio a rumores de que poderia haver uma ruptura na coalizão governista. Ainda no radar politico, a 10 dias das eleições do Parlamento Europeu, os investidores devem ficar de olho no encontro que Trump terá hoje com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, na Casa Branca. O líder húngaro tem desempenhado papel de relevância da Europa considerada mais periférica e arrebanhado outros governantes da direita no continente para criar um grupo influente sobre as decisões da região.

EUA: Os futuros americanos trabalham em queda, sinalizando um inicio de semana difícil, em meio à expectativas de retaliação chinesa após o aumento dos impostos sobre seus produtos, e depois de negociações infrutíferas no âmbito comercial entre Washington e Pequim. O principal negociador da China, o vice-primeiro-ministro Liu He, exigiu que as tarifas sobre as exportações chinesas para os EUA sejam levadas como condição para fechamento de um acordo, enquanto em vários tweets no fim de semana, o presidente norte-americano Trump disse que os EUA estavam em uma posição vantajosa em relação às negociações, embora o consultor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, tenha admitido no domingo que "os dois lados" sentirão dor. Seu comentário de que Trump e o presidente da China, Xi Jinping, podem se reunir na conferência internacional do Grupo dos 20 em junho não conseguiu acalmar os investidores. Um editorial de domingo do Global Times, um tabloide chinês publicado pelo Partido Comunista, disse que "a violenta ofensiva dos EUA é irracional" e a ideia de que a China não pode suportar uma guerra comercial é "uma fantasia e um julgamento equivocado". Enquanto o The People's Daily, um jornal oficial do Comitê Central do Partido Comunista, comentou em seu editorial, que "A China tem impulsionado as negociações bilaterais com um alto senso de responsabilidade e maximizado a sinceridade, mas nunca cederá às pressões extremas dos EUA, ou comprometerá questões de princípio". Sem dados econômicos relevantes no calendário, os investidores provavelmente manterão o foco nas questões das tensões comerciais. O presidente do Fed de Boston, Eric Rosengren e o vice-presidente do Fed, Richard Clarida, foram escolhidos para discursar em conferências separadas na segunda-feira, começando por volta das 10h da manhã.

BRASIL: Por aqui, a agenda interna é pequena, com o relatório Focus refletindo o pessimismo crescente com a atividade econômica diante do atraso da reforma da previdencia. As projeções para o PIB de 2019 voltaram a cair, passando de 1,49% para 1,45%. Para 2020, a expectativa segue sendo de crescimento da economia de 2,50%. As estimativas do mercado para IPCA para 2019 seguiram em 4,04% e para 2020, em 4,00%. Já as projeções para Selic no fim de 2019 seguem em 6,50% e para 2020, em 7,50% ao ano. Os players monitoram tramitação de reformas no Congresso após presidente dizer na sexta que poderia haver um tsunami nesta semana, o que foi negado por Onyx. Maia diz que não indicará ministro das Cidades, contrariando ideia de melhora da relação do governo com os políticos. E enquanto isso, os players iniciam a semana, digerindo as declarações de Bolsonaro no final de semana de que o presidente quer corrigir pela inflação a tabela do Imposto de Renda em 2020.

DOLAR:  Com resistência imediata em 3.961, resistência esta sem muita importância, o dolar segue acumulando, com viés de alta. Acima desta resistência citada, encontra teste nos 3.972, região de maior importância, que se rompida leva ao teste dos 3.980 e 3.993.Acima desta ultima, nova espiral de alta, com objetivos em 4.009 e 4.018. Suporte imediato em 3.954, abaixo dele parada em 3.949, região de maior importancia, que se não for defendida abre nova espiral de baixa, com paradas em 3.942 e 3.937, esta ultima região mais forte, que se rompida abre espaço para novas quedas até os 3.911 com parada intermediária em 3.927.

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