O modo de pensar do Design Thinking

O modo de pensar do Design Thinking

Design Thinking é mais do que uma metodologia ou um conjunto de ferramentas, Design Thinking é um modo de pensar orientado a projetos.

Como assim?

Dizendo de outra forma: o Design Thinking é uma maneira de, sistematicamente, entender e resolver problemas.

No início da década de 90, David Kelley e Tim Brown, respectivamente o fundador e o CEO da IDEO, popularizaram o Design Thinking através da aplicação da metodologia em sua própria consultoria de design e inovação. Eles se apoiaram no modo de pensar dos designers – que têm seu processo centrado nas pessoas – para criar uma abordagem para resolução de problemas e criação de produtos e serviços.


 

O Design Thinking cria inovação na experiência de serviços através da junção do que: é desejável para as pessoas, do que é factível em termos de tecnologia e do que é viável financeiramente.


Os pilares do Design Thinking são a Empatia, a Colaboração e Multidisciplinaridade e Experimentação.

 Empatia / Pessoas como ponto de partida

Através de uma abordagem centrada nas pessoas, o Design Thinking propõe uma revolução na maneira como percebemos contextos, entendemos necessidades e reenquadramos desafios.

Colaboração e Multidisciplinaridade

O Design Thinking pressupõe a colaboração entre profissionais de diferentes backgrounds e competências, isso porque a riqueza de insights vêm também da diversidade e da geração de ideias em grupo. 

Experimentação e iteração

O objetivo é gerar ideias que podem ser tangibilizadas em experimentos – soluções que são testadas e evoluídas para chegar no melhor cenário para a resolução do desafio em questão.

 

Há mais um conceito interessante no Design Thinking que é o pensamento do “Pivot Thinking”, onde se defende que há momentos para divergir e para convergir.

No primeiro modo de pensar da divergência, nós estamos gerando opções. Neste momento o ideal é explorarmos a maior quantidade de possibilidades e ampliar nosso repertório e leque de alternativas.

Já no segundo modo de pensar da convergência, nós estamos fazendo escolhas e definindo nosso entendimento de contexto ou visão de solução.

 

Baseado nesse conceito a abordagem propõe algumas etapas de trabalho:


1 – Etapa da Descoberta ou Entendimento

Onde, através de pesquisa, o objetivo é obter uma visão mais realista, profunda e compartilhada do contexto e desafio. É quando realizamos uma pesquisa bibliográfica ou em mecanismos de busca para buscar o conhecimento existente sobre determinado contexto – que pode ser um tema ou um determinado perfil ou grupo de pessoas. É também quando realizamos pesquisa primária – entrevistas com especialistas e clientes, pesquisa de observação para entendimento do comportamento.


2 – Etapa de Definição

Após ampliar nosso conhecimento sobre o contexto, começamos a tangibilizar tudo isso em materiais mais concretos, que tornam tangível uma experiência muitas vezes intangível, quase invisível.

Criamos fichas que representam nossos clientes – as chamadas personas, criamos Jornadas do Cliente e muitos outros artefatos que possibilitam reenquadrarmos o desafio em questão e chegar em um ponto de vista mais rico para a próxima etapa.

 

3 – Etapa de Criação

Na etapa de criação, partimos do reenquadramento do desafio para a geração de ideias que atendam às necessidades elencadas, começamos a selecionar e desenvolver soluções de forma colaborativa, nos apoiando em perspectivas que propiciam o atingimento de boas práticas em termos de experiência e inovação.

 

4 – Etapa de Teste e Entrega

Seguido da etapa de criação, temos a etapa de teste. É quando realizamos testes com clientes e apresentações para stakeholders - utilizando os protótipos feitos para simular a interação com o produto/ serviço e obter feedbacks para descartar ou aprimorar nossas soluções.


Um dos grandes diferenciais de um profissional que trabalha com Design Thinking é adotar uma postura de explorador.

A maioria das pessoas foca em respostas ao invés de focar na reformulação de melhores perguntas. E para conseguir sair “da caixinha” é essencial para o profissional de inovação e design adotar uma postura humilde e curiosa, que utiliza o poder do pensamento divergente e convergente de maneira apropriada.

Profissionais dos mais variados segmentos e especialidades estão utilizando o Design Thinking como uma forma de rever/aprimorar seus processos e evoluírem serviços para o cliente. As empresas mais bem sucedidas e com maiores índices de crescimento e satisfação com cliente estão utilizando o Design Thinking em seus processos-chave.

Posso dizer, por experiência própria, que o Design Thinking transformou a forma como eu entendo clientes e desenho serviços. Não existe para mim um cenário de trabalho possível sem a colaboração e empatia que o Design Thinking promove.

Se você tem um problema para resolver esteja quase certo de que o Design Thinking pode ser uma abordagem para aprender e colocar em prática! :)

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