O mundo do trabalho precisa de mudanças!!
Nas edições anteriores discutimos o contexto do mercado de Saúde Suplementar no Brasil trazendo provocações para a urgência na mudança de posicionamento das empresas. Para apoiar as empresas trouxemos para a mesa de discussão as 04 etapas do “Workplace Health Model” como ferramenta de suporte para a construção de um planejamento estratégico em Saúde e Bem-estar ,a longo prazo, com o objetivo de criar ambientes de trabalho mais produtivos, saudáveis e empresas mais prósperas e sustentáveis. Nada disso será possível em empresas que fecham os olhos para lideranças tóxicas, assediadoras, microgerenciadoras e que não escutam os seus funcionários.
Mas o que é assédio no trabalho?
No mundo do trabalho, o termo “assédio” refere-se a comportamentos e práticas inaceitáveis que causem (ou possam causar) dano físico, psicológico, sexual ou financeiro a alguém. Essas condutas criam um ambiente hostil e podem afetar a vida profissional e pessoal de quem sofre o assédio.
Quais os números de assédio no trabalho?
Em três anos, a Justiça do Trabalho julgou mais de 400 mil casos de assédio moral e sexual. De 2020 a 2023, a Justiça do Trabalho, em todas as suas instâncias, julgou 419.342 ações envolvendo assédio moral e assédio sexual. O volume de processos julgados sobre assédio sexual cresceu 44,8% no período, e os de assédio moral aumentaram 5%.
As novas ações recebidas pelo Judiciário Trabalhista nos últimos três anos a respeito desses temas somaram 361.572 (338.814 sobre assédio moral e 22.758 sobre assédio sexual). Enquanto o volume de casos novos sobre assédio moral se manteve estável, o de assédio sexual cresceu 14,3%.
Qual o perfil de quem busca a Justiça?
Segundo o Monitor do Trabalho Decente, 72,1% das ações sobre assédio sexual julgadas desde 2020 foram ajuizadas por mulheres. A faixa etária predominante era de 18 a 29 anos (42,5%) e de 30 a 39 anos (32,6%).
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) e o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) lançaram a “Cartilha de Prevenção ao Assédio Moral e Sexual – Por um ambiente de trabalho mais positivo”. O material didático busca retratar, em linguagem simples, situações do cotidiano de trabalho que podem resultar em assédio moral e sexual.
O presidente do TST, ministro Emmanoel Pereira, enfatiza que “todas as organizações devem primar por um ambiente de trabalho digno, seguro, sadio e sustentável, buscando coibir toda e qualquer prática que possa colocar em risco o bem-estar físico, mental e social de seus trabalhadores”.
Segundo dados da Gallup, 66% das pessoas querem um trabalho que traga mais realização ou significado, porém do outro lado temos dados que reforçam que ainda estamos convivendo com ambientes tóxicos:
1- 71% não tem coragem para declinar uma reunião que julgue desnecessária.
2- Somente 10,2% tem segurança psicológica para falar sobre sintomas de burnout.
3- Somente 29% dos colaboradores sentem uma comunicação clara e eficiente dos seus líderes.
4- 57% dos entrevistados já escutaram piadas ou comentários preconceituosos direcionado à comunidade LGBTQIA+ na empresa onde trabalham.
5- 86% de colaboradoras negras relatam casos de racismo.
6- a taxa de participação de pessoas com deficiência no mercado é de 28,3% e seus salários são quase 40% menor.
E qual o papel da liderança para mudar esse cenário?
“Os líderes têm o mesmo impacto do que os cônjuges na saúde mental de uma pessoa (The Workforce Institute UK)”
60% das pessoas saem do trabalho por causa de uma má liderança.
O papel do líder positivo, empático e humano é estar próximo da equipe, apoiá-los e desenvolvê-los para alcançarem seu máximo potencial.
O mundo do trabalho precisa de mudanças!!!!
Para promovermos essa mudança e tornar os ambientes de trabalho mais felizes e produtivos será necessário um redesenho em 03 pilares:
1. Redesenhar o tempo:
- Eficiência / planejamento / priorização;
- Produtividade humanizada;
- Regras das reuniões e distrações
- Outcome: Work-life Harmony
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2. Redesenhar o Trabalho:
- Melhor uso da tecnologia;
- Encontrar pontos fortes dos colaboradores;
- Desenvolvimento individual e do time;
- Outcome: Senso de realização e de significado
3. Redesenhar as Relações:
- Escuta ativa e empatia;
- Reconhecimento e valorização;
- Senso de pertencimento;
- Diversidade, inclusão e equidade;
- Outcome: Segurança Psicológica
Do ponto de vista do indivíduo, Martin Seligman define os pilares para a construção de uma vida feliz e sua relação com o trabalho:
- Emoções Positivas;
- Engajamento;
- Relações Positivas;
- Significado;
- Realizações;
- Saúde.
E você (alta liderança, líderes de áreas, funcionários, sociedade em geral), o que está fazendo para mudar as relações de trabalho?
HumanizaRH – liderar para inspirar
(31) 99318-0883
Enfermeira
1 mÓtimo conselho
Consultora gestão de saúde populacional, enfermeira, Chief Happiness Officer, qualidade de vida, promoção e prevenção de saúde, análise de sinistros, regulação , ANS, auditoria, APS, metodologia ágil.
2 mDr. Ubaldo, vc é o maior exemplo de liderança positiva que tive a alegria de conhecer em minha vida profissional! Se tem alguém que pode falar com propriedade do assunto, é vc! 👏🏻👏🏻👏🏻
Auditora Médica
2 mMuito bom . Minha impressão pessoal é que os ambientes de trabalho estão mais complicados a começar pelos sistemas de informática disponíveis bem desatualizados, leia-se tem coisas muito melhores , a falta de diretrizes alinhadas a um processo bem definido e com indicadores , falta de formação gerencial para aqueles que possuem a função de orientar , escutar, cobrar e incorporar inovações e/ou correções. É impressionante quando uma empresa coloca um profissional em uma função gerencial que não tem a menor ideia do se faz, desconhece fluxos e gargalos , não conhece as pessoas e de repente começa a mexer em tudo sem ideia do que vai acontecer esquecendo também dos profissionais que ficam perdidos e obviamente estressados. Realmente um longo caminho para se chegar a uma humanização .