O papel das baterias de armazenamento em trazer mais economia e eficiência energética
A transformação da matriz energética brasileira inclui o investimento massivo em fontes de energia mais limpas e renováveis, porém, para estabilizar o fornecimento desse sistema, um dos mecanismos aliados são as baterias de armazenamento. No Brasil, o mercado delas continua a crescer, aumentando a pressão por políticas e legislações relacionadas ao seu uso no consumo de energia de média e alta tensão.
Por isso, foi realizada uma audiência pública pela Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara dos Deputados, na qual foi apontado pelas entidades convidadas como as baterias são o futuro do sistema elétrico, em vista de que são capazes de atender à necessidade de consumo após a saída do fornecimento das placas solares ao entardecer, conservando a potência desses sistemas, e evitando a dependência apenas das térmicas. O Ministério de Minas e Energia (MME) reconhece que as baterias possuem um papel complementar no atendimento aos requisitos de potência e já se prepara para definir diretrizes legais para um leilão específico com as baterias no ano de 2025.
Enquanto espera-se a oportunidade do leilão, as baterias de armazenamento ganham cada vez mais espaço, sendo oferecidas conjuntamente a outros serviços, especialmente dentro do mercado livre de energia. Os consumidores estão aproveitando o uso das baterias nos momentos de tarifa mais barata para consumir quando o preço da rede está mais caro e como prevenção em casos de falhas no fornecimento. No entanto, fica claro que esse sistema ainda precisa de regras específicas e de mais força da competitividade de preço em relação a outras soluções, como os geradores a diesel.
Enquanto isso, novidades aparecem, como a construção do laboratório da CGT Brasil que vai testar energia solar com baterias em usina hidrelétrica. Com previsão de ficar pronto em 2025, a construção apresentará o armazenamento de energia em baterias conectado a uma pequena usina fotovoltaica de 500 kWp nas instalações da Usina Hidrelétrica Ilha Solteira, localizada no rio Paraná. Outro ponto importante são as discussões sobre inovações nesse mercado, como o Virtual Power Plants, um sistema que redefine a resiliência das redes elétricas e a integração das energias renováveis. Saiba mais no episódio do Energy Center “Inovações em baterias e o futuro da estabilidade energética”.
Confira ainda nesta edição: autoprodução de hidrogênio é o melhor modelo para o Brasil; queda de preço ajuda na expansão de sistemas solares; país recupera autossuficiência em oferta de alumínio; frigoríficos apresentam rastreamento da produção e investimento bilionário para produção de combustíveis limpos para a navegação.
Até a próxima!
Radar da indústria
Mercado de hidrogênio verde: autoprodução é o modelo mais viável para o Brasil
Com a projeção de mais de R$ 188 bilhões em investimentos para projetos de hidrogênio verde, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou um estudo que esclarece as vantagens econômicas para o Brasil da produção descentralizada, ou seja, produzir hidrogênio no local de consumo, utilizando a energia da rede elétrica.
Potência da energia solar no Brasil atrai mais projetos de adesão
No primeiro semestre de 2024, o preço médio de painéis solares no Brasil caiu 9%, especialmente por conta da cotação do polisilício usado na fabricação dos painéis que se mantém em queda. Com isso, o investimento no sistema aumentou, com novos projetos na indústria e aumento em instalações de geração própria de energia solar.
Brasil recupera autossuficiência na oferta de alumínio e apresenta potencial no aço verde
O país voltou a estar entre os 10 maiores produtores de alumínio no mundo, ocupando o 8º lugar no ranking de países fabricantes em 2023, com 1,022 milhão de toneladas produzidas no ano passado. Ademais, analistas indicam seu enorme potencial em exportar materiais intermediários capazes de contribuir para a descarbonização do aço.
Evoluções para os produtores brasileiros de carnes de frango
Conforme análises da Associação Brasileira de Proteína Animal, o Brasil, maior exportador mundial de frango, terá um provável aumento de sua produção frigorífica em até 1,8%, com 15,1 milhões de toneladas métricas em 2024. Além disso, já foram iniciadas, por parte dos frigoríficos, a divulgação completa do rastreio da cadeia de produção de animais na Amazônia, atendendo à norma da Febraban.
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R$ 6 bilhões para a produção de combustíveis sustentáveis para o setor marítimo
A descarbonização da navegação brasileira ganhou reforços com o apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para a produção de combustíveis mais limpos. Outra novidade é a criação de três grupos de trabalho para transição energética nesse setor pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Frase da edição
"A digitalização do setor produtivo na indústria já não é para o futuro, costumo dizer que é para o presente. Ela é uma realidade que tem que estar presente, hoje, no chão de fábrica.”
– Márcio Elias Rosa, secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), no Fórum de Competitividade 2024, em 02/07/2024.
Jogo rápido
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Recircula Brasil: nova plataforma de rastreamento e registro de plástico promove reciclagem e economia circular.
Prêmio ANTAQ 2024: evento reconhece e incentiva iniciativas que se destacaram por sua contribuição na melhoria da prestação de serviços no setor marítimo. Inscrições vão até o dia 12 de setembro de 2024.
Mudanças no cenário internacional estão levando o governo a endurecer a proteção às indústrias nacionais por meio da elevação de tarifas e outros instrumentos de defesa comercial.
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