O ponto cego da meta SMART
Todo mundo fala da importância da gente "smartizar" nossas metas, delas serem mensuráveis, relevantes, terem um time frame certo e de serem inteligentes.
A meta smart é super importante e fundamental para qualquer negócio, mas ninguém para pra pensar quando o alvo não espera a gente fazer a estrada. Quando a meta que a gente pensou foi fixada de um jeito tão duro que a gente não está prestando atenção no fluxo da vida.
Como diz Paulinho Moska na música a seta e o alvo: "Então me diz qual é a graça, de já saber o fim da estrada, quando se parte rumo ao nada?".
Ou seja, será que 100% da nossa vida empresarial e pessoal a gente sabe o que é melhor pra gente? Será que a gente sabe com precisão a visão do nosso negócio e a visão do que estamos fazendo? Será que não tem espaço para algo que não estamos esperando acontecer? E se esse algo for muito maior que a meta que a gente tinha estabelecido?
Compartilhando um pouquinho da minha vida com vocês, estou tomando decisões na minha vida empresarial e pessoal que vão ter um impacto inclusive na localização e atuação da Odissea. E eu lembro que em 2015 eu tive uma oportunidade parecida com a que estou tendo agora, mas de uma forma muito mais confortável que está sendo hoje. Mas por eu ter certas metas super rígidas, smart's, inteligentes, mensuráveis, relevantes… eu não observei que o meu alvo não estava me esperando, ele estava em movimento.
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Sabe aquela sensação do pote no final do arco íris? No fundo, todo mundo tem! É uma questão humana. Todo mundo tem desejos, sonhos e visões, mas que vão se modificando à medida que a gente vai ficando mais maduro e esse alvo também vai se movimentando. Já saber o fim da estrada muitas vezes pode nos cegar e não nos levar ao fim da jornada. Já saber o fim da estrada é uma ficção!
Eu tenho o péssimo, ou bom, hábito de quase sempre atingir as minhas metas, eu tenho facilidade em atingir minhas metas, mas realizar os meu sonhos, ou os sonhos das pessoas que importam pra mim, já é bem diferente!
Então me diz, qual a graça de já saber o fim da estrada quando a gente parte rumo ao nada? E o nada que estou falando aqui não sei se é o mesmo do Paulinho Moska, o meu "nada" é o infinito de possibilidades que existem. A gente realmente não sabe de nada, a gente não sabe o que está preparado pra gente, o que está sendo preparado para acontecer.
As maiores startup's, os melhores lançamentos digitais nem sempre nasceram em um laboratório, muitas vezes eles nasceram na mão calejada da vida, quando você vê uma oportunidade que provavelmente não estava nem esperando.
Estou falando isso, não por achismo, mas por experiência. Nem sempre seguir a meta smart cegamente, sem ajustes de percurso, é a melhor forma de conduzir o seu negócio ou mesmo direcionar as suas equipes. Vale a pena refletir sobre o seu alvo e o seu caminho.