O PROBLEMA É DA OUTRA ÁREA
O que existe de mais comum em cultura organizacional são os “feudos”. A empresa é dividida em funções como marketing, projetos, produção, vendas, pessoas, administração, etc, e acaba criando uma visão vertical onde, cada gerente de área ou líder de projeto se preocupa somente com o que faz. O “reizinho” e seus “súditos” acabam construindo um mundo perfeito, cercado por paredes, onde nenhum mal entra e tudo é perfeito. E assim, a organização vai sobrevivendo (?) com o lema "cada um por si". Ou, mais atualizado, “cada um com os seus problemas”. Esses são os feudos e o seu funcionamento. Eles acabam isolando as áreas da empresa, transformando as reuniões de acompanhamento de resultados em um espaço para defesa das ações do "meu reino". Apenas isso. E os resultados da organização, o que fazer? “Veja com a área x ou com o projeto y. O problema não é da minha equipe”.
Está enxergando essas características em sua empresa? Apoie uma mudança urgente. Organogramas verticalizados não funcionam. Eles incentivam a criação dos feudos e enfraquecem ano após ano a entrega do valor percebido para o cliente final.
COLOCANDO TODOS NA MESMA DIREÇÃO
Existe um mantra (vários na verdade) que vale destacar em métodos ágeis que comunica o seguinte: “O nosso processo é tão rápido quanto a etapa mais lenta deste processo”. Traduzindo: Posso ter uma excelente produção, "somos fantásticos, maravilhosos, geniais", mas se a expedição está gerando “gargalo”, o cliente que compra o produto ou contrata o serviço, não enxergará valor no que está recebendo. A execução e suas entregas ficam comprometidas pois será prioritário gerenciar o retrabalho e os altos custos de recuperação de imagem.
Assim, não adianta pensar apenas na "função que gerencio". Ou, como colaborador, pensar apenas "no que estou fazendo sem olhar para os lados". É fundamental tomar decisões entendendo suas implicações para outras etapas do processo. A visão precisa sair do vertical e migrar para o horizontal. A funções não morrem com essa alteração de mindset. Apenas começam também a visualizar o todo (processo de ponta a ponta) e entender como deve contribuir para a geração de valor na percepção do cliente final.
QUANDO TODOS ESTÃO NA MESMA DIREÇÃO
As reuniões de analise de resultados começam a focar os indicadores críticos da empresa como: NPS; Faturamento; Lucratividade; Prazo de entrega, para citar alguns. E, com os feudos no chão, cada função poderá olhar para esses KPIs com a famosa pergunta: “como posso melhorar o que faço e contribuir efetivamente com os resultados”?
Bem-vindo ao mundo em que as lideranças precisam integrar estratégia, processos e pessoas. A boa execução não pode abrir mão desses pilares.
O mundo mudou e os profissionais precisam transcender e deixar para trás o comportamento individualista, pois o que conta agora são os "soft skills", ou seja, - ter comportamentos e atitudes que tragam resultado. Estas habilidades valem mais para o mercado, do que sua área de formação e outros títulos conquistados. As organizações ágeis estão em busca de pessoas flexíveis, que estejam abertas a somar conhecimentos, quebrando o modelo ultrapassado dos "feudos" citados de forma clara e objetiva no seu artigo. Trabalhar de forma colaborativa e integrar-se às equipes exercitando o "hands on e o espírito de on the job", é o lema da hora!
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5 aÉ mais fácil colocar a culpa nos outros do que assumir os erros.