O problema Fiscal do Brasil
Antes mesmo da pandemia o Brasil já se encontrava com a situação fiscal bem frágil. Desde 2014, o Brasil vem apresentando sucessivos déficits primários. Isso quer dizer que o governo vem gastando mais do que arrecada, mesmo descontando as despesas com juros. Ou seja, o governo está se endividando.
A dívida pública bruta/PIB passou de aproximadamente 57,2% em 2014 para 76,1% em 2019 e as expectativas para 2020 é que ultrapasse os 100%.
E como isso afeta nossa vida?
Basicamente da seguinte forma, quanto maior a dívida mais o governo gasta com encargos da dívida e menos com saúde, educação, segurança, transporte, ciência e tecnologia e outros gastos que são importantes para as pessoas viverem com dignidade.
Falando em números, o orçamento da União executado em 2019 foi de R$2,711 trilhões, desse montante 38,27% (aproximadamente, R$1,038 trilhões) foi gasto com juros e amortização da dívida e apenas 4,21% com saúde, 3,48% com Educação, 0,33% com segurança pública e míseros 0,23% com Ciência e Tecnologia.
O governo vem tentando equalizar sua conta (gastos e arrecadação) e é por isso que a gente escuta falar tanto em Teto dos Gastos, Reformas, corte de gastos dos ministérios, entre outros.
O problema é que com a Pandemia do COVID-19 a situação que já era ruim, piorou bastante. Os especialistas têm dito que essa piora do quadro fiscal do ano de 2020, já está precificada pois todos os países tiveram que aumentar seus gastos para fazer frente a pandemia. O problema é que para o ano de 2021 as coisas não estão tão claras.
O governo parece não se preocupar mais com o Teto de Gastos e ainda há propostas para aumentar os gastos (por exemplo com a criação do Programa Renda Cidadã) sem uma contrapartida clara de como esses maiores gastos serão financiados. O governo parece divido (equipe de Paulo Guedes com outras alas do governo) em relação a essas questões e isso piora ainda mais nossa situação.
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