O Profissional "Moderno"

Quem acompanha meu conteúdo sobre gestão por processos e experiência do cliente, provavelmente, já percebeu que o “tom” do material produzido recebeu ajustes nos últimos anos, e isso tem uma boa explicação.

Há pelo menos oito anos que me dedico a entender cada vez mais sobre os diversos temas que envolvem comportamento humano, neurociências, práticas de meditação e energia. Naturalmente, esse envolvimento crescente trouxe uma nova e mais profunda consciência sobre o impacto direto desses elementos em nossas habilidades, hábitos e competências profissionais.

Quando escrevi o livro “Fuja do Fluxograma” (2017), testei algumas hipóteses e “justifiquei” a consequência direta da complexa composição: a fisiologia do nosso cérebro atual, o estado mental predominante nessa sociedade de ruído e estímulos constantes (viver em piloto automático), e o modelo esperado/exigido de “eficácia” profissional - orientado para a extrema especialização reducionista e quase sempre em busca da resposta mais rápida e irrefutável.

Em 2023 posso dizer: o livro seria muito mais contundente se fosse escrito hoje.

Cada vez mais entendo e consigo “testar” os resultados práticos diários de uma atuação profissional orientada pela busca constante de Mais Consciência (1), Coerência nas Ações (2) e Harmonia Existencial (3).

Buscar mais consciência é útil e muito poderoso em qualquer tema de nossas vidas. Com a consciência ampliada sobre o tema, podemos promover mais coerência em nossas ações (pessoais e profissionais). Finalmente, conscientes e coerentes, conseguimos reduzir os conflitos e atritos - principalmente os internos (mentais) - entre o que entendemos, o que acreditamos, o que desejamos, o que precisamos e, finalmente, como estamos (e não somos).

Sei que pode parecer um assunto abstrato e subjetivo demais para ter lugar na pauta pragmática e cartesiana do universo corporativo atual, mas acredito que é justamente o contrário. Acho que já dedicamos muito tempo buscando precisão comportamental em processos, em projetos, nos trabalhadores e nas lideranças. Estamos sempre em busca do novo Graal que trará as respostas definitivas e mais rápidas.

A grande pergunta que faço para essa busca é: Qual o verdadeiro motivo?

Com todos os métodos, técnicas e tecnologias atuais, estamos no caminho da construção de uma sociedade mais harmônica, ou apenas seguindo o fluxo insconsciente da escassez para “não ficar de fora”?

Novamente, se nós, seres humanos e profissionais com alguma utilidade no século XXI, não pararmos para entender o que se passa no contexto maior, seremos - novamente - engrenagens de uma auto-infligida obsolescência existencial.

Como li recentemente em um livro muito interessante sobre o vasto universo da relação emocional inconsciente e a nossa energia vital:

“Precisamos expandir nossa consciência para estar mais Onda e menos Partícula”.

Para quem se interessar pelo tema que orbita essa frase, e conseguiu ler até aqui, a dica é iniciar a leitura (estudo) sobre física/mecânica quântica.

"Qualquer um que não se choque com a Mecânica Quântica é porque não a entendeu."

(Niels Bohr)

Finalizando esta já extensa publicação de sensibilização inicial, sugiro:

Permita-se deambular pela incerteza e crie novos caminhos.

Um profissional mais consciente sobre os seus próprios vieses é, provavelmente, um profissional mais coerente em suas ações e com resultados mais harmônicos.

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Um abraço e até breve.