O que é ser um empreendedor?
Em dezembro, a IPO da XP marcou a estreia da empresa na Bolsa de Nova York, com alta de 27,63% nas ações. Também no fim do ano passado, o livro sobre um de seus fundadores, Guilherme Benchimol, “Na Raça”, foi lançado. Paralelamente, um anúncio institucional veiculado em canais de TV trazia algumas curiosidades sobre a história do jovem, que se juntou com um amigo, abriu uma corretora, investiu R$ 10 mil e vendeu o carro para dar fôlego à empresa, quando achou que as coisas estavam à beira do fim. De 2002, ano da fundação da XP Investimentos, para 2019, no pregão da Nasdaq, a XP alcançou o valor de mercado de R$ 78,2 bilhões.
O sucesso atingido pela corretora só tem esse enredo porque os sócios da XP perceberam que, para investir na Bolsa, seus clientes precisavam conhecer o mercado de ações. Isso é justamente o que define um empreendedor: a capacidade de identificar oportunidades e transformá-las em algo lucrativo. Claro que não se trata de um “overnight process”. Quanto ao tempo, não há regra. No caso da XP, foram 17 anos. Poderia ser mais, poderia ser menos. A única certeza é que o tempo impõe desafios e coloca o empreendedor à prova. A ele cabe ser, além de inovador, resiliente e perseverante.
Ser empreendedor não requer uma habilidade inata. Muitas vezes, a necessidade é combustível para transformar pessoas simples em pessoas de negócios. Imagine sair do seu país, sem recursos e sem nenhum apoio. Chegar ao destino e começar algo novo, sem nenhum glamour. Condição certamente muito pior da que encontram hoje os potenciais empreendedores. Esta foi a história dos imigrantes que aqui aportaram, introduzindo técnicas em atividades produtivas, como a industrial. Deixaram forte legado, que hoje marca a cultura e a economia das regiões mais ricas do Brasil. Quer exemplo mais inspirador para começar?