O que a Copa do Mundo nos fala sobre liderança?
A Copa do Mundo do Catar caminha para seu fim. Para nós, brasileiros, a cada quatro anos, todos os olhares se voltam para jogadores que não só vestem a amarelinha dentro de campo, como representam um sentimento genuíno compartilhado por milhões de pessoas. Mesmo se você não acompanha o esporte de forma ferrenha, não há como negar o tamanho da emoção que é assistir ao maior evento futebolístico de todos os tempos.
Mais do que os resultados – que, obviamente, representam o objetivo máximo a ser perseguido por todas as seleções, são os momentos que contribuem para um torneio que, ao seu fim, será eternizado na memória dos torcedores. Derrotas inconcebíveis, vitórias improváveis, times que se uniram (ou não) em situações de crise, a diversidade de torcedores que já não se importam mais com o distanciamento de idiomas ou limitadores culturais: a Copa do Mundo reúne os requisitos necessários para um período de inclusão global.
Com todas as contradições ligadas ao local realizado, que não podem, jamais, serem retiradas de pauta, entendo que seja possível estabelecer um paralelo interessante entre acontecimentos vividos no campeonato e situações cotidianas para quem lida com o gerenciamento de pessoas, especialmente frente a demandas urgentes por mais resiliência e disrupção.
Recomendados pelo LinkedIn
Os valores humanos refletidos pelo futebol
Até agora, não foram poucos os exemplos de como os esforços devem partir de todos, com sinergia e senso de coletividade, sob um espectro positivo e, também, negativo. A seleção da Bélgica, eliminada na fase de grupos, ficou marcada por inúmeros conflitos entre os jogadores, que vieram à tona na medida em que a equipe acumulava maus resultados e atuações questionáveis. Desentendimentos antigos e até questões de etarismo foram colocadas em pauta, para se ter um parâmetro da gravidade e o péssimo clima do vestiário belga. Neste caso, é muito difícil não relacionar o desempenho na Copa com essa lista de problemas, certo? No mínimo, as lideranças não foram felizes em suprimir pendências irrelevantes, se comparadas com a busca pelo título inédito.
Em contraponto, o técnico francês Hervé Renard, da Arábia Saudita, protagonizou um momento especial, que acabou vindo a público após a vitória de virada sobre a Argentina, claramente favorita para o confronto. Claro, é importante contextualizar o cenário de ânimos acirrados, que deve ser exclusivo a ambientes que assim os permitem. Na ocasião, durante o intervalo da partida, em que a seleção saudita perdia por 1x0, o comandante fez um forte discurso motivacional, apelando para o potencial dos jogadores em virar o resultado. “Com a bola, nós somos bons! Vocês podem fazer isso. Vamos!”, afirmou, em determinado ponto do vídeo oficial publicado pela Fifa. No final, o jogo acabou 2x1 para a Arábia Saudita, configurando uma vitória que simbolizou um título mundial, ocasionando até um feriado nacional no país árabe.
Para o Brasil, sem dúvidas, fica o gosto amargo de uma eliminação precoce. Infelizmente, depois da disputa de pênaltis e a derrota brasileira, o técnico Tite deixou o gramado e foi direto para o vestiário, enquanto todos os jogadores permaneceram em campo, sozinhos e completamente desolados. O zagueiro e capitão, Thiago Silva, chamou atenção por sua maturidade, consolando companheiros e respondendo pacientemente à imprensa. De certo modo, duas surpresas de valores opostos: um que frente à adversidade, optou por se esconder, outro que, dentro desse contexto, demonstrou uma sobriedade mental passível de elogio.
No futebol, assim como na vida e na rotina de empresas, não existe lógica ou fórmula exata. Afinal, todos esses setores têm a condição humana em comum, personalizada em profissionais, cidadãos e atletas. Essa falta de obviedade, entretanto, não deve ser encarada como um impeditivo para almejar voos maiores. Mais do que nunca, o mundo exige a conciliação como um hábito diário, e colocá-la como um dos pilares principais da gestão de pessoas é sinalizar positivamente para desempenhos que agreguem valor à jornada da equipe. A Copa do Mundo de 2022 demonstra, com realismo e muita emoção, que tentar atingir a nossa melhor versão é o caminho mais indicado para chegar à vitória – mesmo que ela venha ou não.
Founder & CEO @UmbrellaTalent e Consultora Sr na rede @Prime Futuração Empresarial | Recrutamento e Seleção de Alta Performance | RPO | Gestão Inteligente de Benefícios
2 a👏👏☂️☂️
Analista de Educação Corporativa e DHO | Embaixador de Acessibilidade e Inclusão - PCD na COMM | Atração de Talentos | Head Hunter | Gente & Cultura | PCD | Libras
2 aExcelente meditação.
Gestor de QSMS | Qualidade | Segurança do Trabalho | Meio Ambiente | Saúde Ocupacional
2 aTop!