O que esperar da economia em 2018?

O que esperar da economia em 2018?

A economia é um campo incerto e cheio de surpresas. Por isso, é sempre bom estar atento às publicações e fontes de notícia confiáveis a respeito de seus rumos. Existem algumas formas adequadas de se ter acesso às tendências do mercado e do desenvolvimento do país no futuro próximo, basta saber acessá-las.

Levando em conta a importância desse tipo de análise, disponibilizamos, neste post, alguns dados e reflexões acerca dos rumos da economia 2018 no Brasil, observando também o envolvimento do setor político e o cenário global.

Crise política e crise econômica

Entender as possibilidades da economia nacional requer analisar de que forma o nosso campo político tem se configurado. A fragilidade das instituições estatais e a incompetência dos gestores, que já eram lugar comum em nossa história, atualmente estão explícitas como nunca antes estiveram.

Vivemos uma crise política e uma descrença geral nas instituições e nos governantes. Ninguém sabe descrever com precisão esse momento no qual estamos mergulhados e os seus desdobramentos são bastante imprevisíveis.

A eleição presidencial que ocorrerá no ano que vem será decisiva para a configuração desse cenário. Existem muitas apostas, mas não está nada claro sobre quem ganhará a disputa e quais serão as consequências desse resultado.

Ainda existe um clima de desconfiança por parte dos investidores, gerado pela crise política e pelas incertezas nesse setor. Apesar dos riscos e da instabilidade geradas em um primeiro momento, essa “limpeza” da máquina estatal pode ser uma saída para avanços pouco imaginados em nossa realidade.

De qualquer forma, as chances de produzir um crescimento estável nos próximos anos estão intimamente ligadas a uma reorganização do estado que consiga implementar as mudanças necessárias para um desenvolvimento nacional. Não varrer mais a sujeira para debaixo do tapete pode ser um processo doloroso e custoso, mas que, eventualmente, trará resultados impressionantes.

Outro elemento a ser considerado é a Copa do Mundo em 2018, evento que pode favorecer ou atrapalhar o desenvolvimento em âmbito nacional, a depender dos seus desdobramentos. Esses fatores atravessam diretamente os rumos da economia do país.

Possibilidades de crescimento

Existe uma aposta geral na possibilidade de recuperação brasileira com a economia 2018. Apesar da crise que ainda atravessamos, há movimentos concretos e sinais visíveis nesse sentido.

As análises mais confiáveis reduziram a projeção da taxa de juros para 2018 em cerca de 7%. Descreveremos outros indicadores que apontam marcas de crescimento no momento atual e preveem uma continuação desse efeito no próximo ano.

Crescimento do Indicador Antecedente Composto da Economia (IACE)

Um dado recente que aponta essa direção é o Indicador Antecedente Composto da Economia (IACE), índice criado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/IBRE), em parceria com o The Conference Board (TCB) — organização internacional de estudos sobre o tema.

O índice mensal é uma ferramenta com objetivo de antecipar os rumos da economia do país nos próximos meses. Agora, no fim de 2017, pôde-se perceber, inclusive, que os resultados gerais obtidos se mantiveram positivos ao longo do ano. 

O relatório de novembro informa um crescimento de 0,5% entre outubro e novembro. Das oito séries componentes que constituem o instrumento, cinco contribuíram para sua alta no período. Esses dados do IACE também apresentam indícios de um crescimento que continuará nos próximos meses. 

São análises recentes de uma ferramenta que pode ser levada a sério pela eficácia com que tem previsto os ciclos da economia desde a sua aplicação.

Mobilização do setor de investimentos

É possível avaliar que há uma tendência de crescimento no campo dos investimentos. A FGV, por meio do seu Indicador de Intenção de Investimentos da Indústria, tem delineado um prognóstico positivo para os próximos meses.

No último semestre de 2017, o indicador subiu 10,9 pontos em relação ao trimestre anterior, atingindo uma marca de 116,0 pontos. Trata-se do nível mais alto alcançado no país desde o primeiro semestre de 2014.

Analisar as tendências dos investimentos é uma das formas mais seguras de predizer os rumos da economia. Nesse último ano, é possível perceber que houve uma tendência de aumento do volume de investimentos e no grau de certeza das empresas em direcioná-los para o âmbito nacional.

Ainda há uma parcela do empresariado que se mantém desconfiada frente ao estado de crise do qual ainda não saímos efetivamente. Pode-se dizer que estamos em um processo de virada em relação ao cenário complicado em que estávamos, mas ainda não atingimos os patamares desejados de crescimento.

Economia internacional em 2018

Para pensar nas possibilidades do Brasil, é importante observar também as tendências do resto do mundo. Sabe-se que, ao contrário das previsões mais pessimistas, a economia na Europa cresceu no último ano, dando indícios de que isso continue acontecendo em 2018.

Os Estados Unidos também cresceram nesse tempo, recuperando-se de uma crise na qual o país estava mergulhado desde 2007. A China, apesar do endividamento, também tem seguido uma tendência de desenvolvimento.

São movimentos externos que, em maior ou menor grau, influenciam diretamente a economia brasileira. Um crescimento desses polos pode se refletir em avanços, também, em nosso contexto. Olhando por uma perspectiva mais global, o Fundo Monetário Internacional (FMI) avalia que o próximo ano será de avanços na economia para a maior parte dos países.

Vale ressaltar que, apesar da expectativa de avanço para um número considerável de nações, ainda há uma quantidade expressiva delas que tiveram uma queda no Produto Interno Bruto (PIB) no último ano e que, possivelmente, continuarão assim no período subsequente.

Prováveis caminhos do Brasil em 2018

Observar o movimento desses polos importantes e analisar a nossa realidade, sempre a partir de um contexto geral, representa indicadores expressivos dos prováveis caminhos do Brasil em 2018. De qualquer forma, é importante estar atento e ter uma visão realista das possibilidades de investimento e recuperação da economia. Vale lembrar que nem tudo são avanços e ainda vivemos sinais da crise.

Esses efeitos ainda são bastante visíveis. Os preços repassados aos consumidores têm crescido — especialmente a gasolina. O alto nível de desemprego continua produzindo reflexos danosos no desenvolvimento da indústria e saídas criativas precisarão ser desenvolvidas.

Apesar de otimistas, as boas notícias só se concretizarão se os gestores empresariais conseguirem trazer de volta para os seus contextos um espírito empreendedor que efetivamente dê resultados. Além disso, será fundamental, também, que o Estado consiga dar o suporte necessário para que esses avanços se materializem.

Economia 2018: um crescimento efetivo trará oportunidades incríveis para o campo empresarial. Faça parte desse processo! Compartilhe este texto em suas redes sociais e ajude a divulgar essas informações!

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