O que está por trás das conversas difíceis?
Conversas difíceis, o próprio nome já endereça: não é fácil.
Adiamos, prorrogamos, enrolamos, desmarcamos.
O chato é perceber que fazemos isso dentro e fora de nós.
Oscilamos entre extremos: ou calamos ou compulsivamente repassamos e pensamos com intermináveis e cruéis diálogos internos.
Coincidência ou não (eu realmente não acredito em coincidências 😉), muitos dos meus clientes estão vindo com essa dor.
Escuto frases como: "o que precisa ser falado, não é dito", "existe uma percepção de favoritismo" e até "existe uma harmonia, mas ela não é real".
Certamente, entender a origem desses comentários vem da análise de muitos fatores.
E tem algo que vejo transversal a todos eles: as conversas difíceis.
Você sabia que de 50% a 70% dos colaboradores evitam conversas difíceis com suas lideranças? (Mercer, 2024).
Essa má comunicação gera tanto ruído e pode custar às empresas até 18% dos salários totais dos funcionários pagos todo ano (Axelerant, 2024).
Na semana passada pude explorar ainda mais esse aspecto, em uma aula do Marc Tawil , no Áster Connect Hub (comunidade criada pela Jéssica Simões - Ghostwriter para C-Levels. - entrem! Os convidados são incríveis!).
Durante nosso papo, o Marc trouxe a simplicidade que é a comunicação: emissor, receptor, mensagem e canal, dentro de um contexto.
Uai! Mas como algo tão simples pode ser tão desafiador? 😳
Marc ofereceu uma perspectiva interessante: não temos conversas difíceis porque estamos cada vez mais individualistas, cada um com uma tela na cara (como diria Emicida). Nos falta escuta ativa, coragem, pensamento crítico.
Nos falta "adultizar".
Eu gostei disso aqui! Adultizar.
Na minha cabeça, adultizar é responsabilizar-se.
E isso inclui seus pensamentos, falas e comportamentos.
Patrick Lencioni , no seu livro Os desafios das Equipes, fala que ausência de conversas difíceis (ou conflitos) resulta de uma baixa liderança e leva à ausência de comprometimento, responsabilização e resultados ruins nas equipes.
Precisa confiar para ter conversas difíceis.
Tá bom: e como constrói confiança?
De dentro para fora, mesmo quando a relação de confiança é com os outros.
Como eu sei disso?
Nesse fim de semana eu fiz isso, me perguntei: por que eu evito conversas difíceis?
A resposta veio límpida:
"medo de perder quem somos (na relação)
de perder nosso lugar (que construímos juntos)
nossa imagem (a que eu tenho de você, a que você tem de mim)
de se perder (quem sou quando você não me reconhecer mais nesse lugar?)".
Por isso que, diante desse desafio da ausência de conversas difiíceis ou má comunicação, não é um workshop de 4h sobre técnicas de comunicação que vai transformar.
É preciso acessar os medos, distorções e apegos.
Ken Cloke descreve muito bem isso no "Iceberg do Conflito": na parte vísivel do Iceberg, estão os conflitos. Logo abaixo, estão:
O caminho é um pouco mais longo e profundo.
Ele convida a reformular crenças e, para isso, entrar em contato com suas emoções.
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E para isso, precisamos de Segurança Pscilógica: construir um espaço onde as pessoas se sintam seguras em expressar pensamentos e emoções sem medo de represálias e julgamentos.
Promover um espaço de segurança psicológica no trabalho pode resultar em um aumento de 12% da produvitidade (Gallup, 2017).
E mais, alta confiança aliada à segurança psicológica pode gerar um aumento de 35% nas taxas de inovação e resolução de problemas (MIT, Laboratório de Dinâmica Humana, 2012).
Outro aspecto importante é manter a integridade.
(E, sinceramente, para mim ,ão existe nada mais adulto que isso!)
O que é ser íntegro?
É liderar pelo exemplo.
A vulnerabilidade surge quando as lideranças modelam esse espaço.
Como?
Abertamente admitir que errou, expressar sua incerteza ou pedindo ajuda.
Depois de tudo isso, percebo que entender as causas de não ter conversas difíceis é mesmo multi-fatorial.
O que não muda é o caminho da resolução: precisa vir de dentro.
Como Eve Ekman e Paul Ekman já falavam: 1/3 do gatilho é externo.
Os outros 2/3 estão dentro de você: suas pré-condições e seus padrões/crenças.
E é essa base de dados que constrói sua realidade.
Aqui na Escola Atemporal acreditamos muito nesse caminho.
Com a confiança dos nossos clientes, tempo e consistência estamos consolidando essa abordagem de florescimento, resultados sustentável e legado.
Aprendemos a ver a produtividade e beleza das conversas difíceis quanto mais as temos.
Experimente aí: é como ir na a academia, a cada oportunidade, percebemos que temos mais recursos e nos sentimos melhor.
Tá dando o primeiro passo? Então começa com a Escuta Ativa e verbalizando como você se sente naquela situação.
E por aí: Como você lida com conversas díficeis? (eu sei, depende de quem está do outro lado, né?)
Como você constrói e nutre espaços seguros para você e sua equipe?
#conversasdificeis #resolucaodeconflitos #escutaativa #emocoesemjogo #inteligenciaemocional #escolaatemporal #medo
Eu sou a Gabriela Jardim Presto, sócia e CXO da Escola Atemporal e fundadora do Emoções em Jogo . Somos um hub de desenvolvimento humano a partir da origem.
Todas as jornadas que idealizamos foca no desenvolvimento de dentro para fora e é baseada em princípios ancestrais, internos e éticos. Assim, conseguimos trabalhar o indivíduo, a relação com o outro e com o ambiente.
Você pode contar comigo para realização de treinamentos, palestras e jornadas sobre Inteligência Emocional, Desenvolvimento de pessoas e Team Building.
Sou também Board Member do Institute for Next Level Leadership (California), coach ICF e mentora. São mais de 15 anos servindo no despertar da potência dos indivíduos e organizações.
Minha experiência como executiva de multinacionais aliada às ferramentas do Cultivating Emotional Balance (CEB) , neurociência e retiros de silêncio provocam, aprofundam e tornam práticas as jornadas que conduzo.
Atuo também com desenvolvimento de lideranças, vieses inconscientes e princípio feminino. Além de ser parceira da Enablers Network (Suíça), também sou faculty StartSe University .
Você pode me acompanhar na rede vizinha @gabriela.presto
E se quiser, pode me mandar um e-mail no gabriela@escolaatemporal.com.br ou me dar um alô no WhatsApp: 11 93701-4545.
SDR - Sales Development Representative
3 mFugimos de conversas difíceis por medo de perder algo, seja uma relação ou nossa própria tranquilidade. No entanto, esses momentos de desconforto oferecem grandes oportunidades de crescimento. A segurança psicológica e a escuta ativa são essenciais para transformar esses diálogos, criando um espaço onde a vulnerabilidade é bem-vinda e a compreensão mútua pode florescer. Enfrentar essas conversas, com coragem e sabedoria, nos permite fortalecer vínculos e evoluir como pessoas.
Especialista Administrativa & Secretária Executiva Remota | Experiência em Gestão Empresarial e Comercial | Transformando Negócios através da Otimização de Processos
3 mGenial Gabriela! Achei incrível como a abordagem do tema reflete muito mais no ponto de vista individual do que coletivo! Eu mesma não me peguei pensando nas emoções dentro da minha equipe, mas dentro de mim! Obrigada por compartilhar!
Gente Gestão | Cristão | Mestrando em Gestão para Competitividade (MPGC) FGV | CHO | OKR | DHO l Mentor de Carreira | Psicologia Positiva | Teologia do Trabalho | Podcaster 🎙️ |
4 mÓtimo conteúdo Gabi, o que tenho aplicado por aqui, principalmente na compreensão dos “instintos” do #eneagrama é que as pessoas condicionam seus comportamentos por busca de prazer ou fuga de dor. A motivação pode ser passiva ou ativa. Evitar conversas difíceis, pode ser, uma estratégia para muitos. Não que seja o método mais assertivo, porém é utilizado em muitos casos.
Fundadora Acelera Mulheres | C-level antes dos 30 | Mentora de Carreira | Conselheira em Empresas de Capital Aberto | Apresentadora na Jovem Pan | Diretora Executiva IBEF-ES | Coautora de 2 livros | 50 > influenciadoras
4 mGabi, excelente artigo! Tratou de forma profunda e sistêmica, sem deixar de ser simples e didática! Parabéns 👏🏻👏🏻👏🏻
Track Renewal Project Manager / Gerente de Projetos - MRS Logística S.A.
4 mAnálise perfeita! 👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾