Uma das ferramentas para a morte da distância - (Cap 3/4) do WhatsApp - um case de disrupção, no caminho exponencial para a abundância.
O homem por si só não é exponencial, o quê é exponencial é o resultado dos esforços de grupos de pessoas empenhadas em um propósito. Sua evolução é linear, aos poucos e num ritmo praticamente constante, por isso não estamos acostumados a pensar exponencialmente. Podemos atribuir a esta dificuldade de pensar exponencialmente, vários casos de grandes encolhimentos de empresas que já foram lideres nos seus segmentos (Motorola, Nokia, Kodak...). Para um melhor entendimento do que vem a ser exponencial, vamos fazer um pequeno teste: suponhamos que sua equipe vai fazer um serviço em 30 dias e seu cliente lhe propôs escolher uma de três formas pagamento:
- Pagamento antecipado no valor de R$ 4,5 milhões. (a Lava-Jato nos acostumou a pensar grande...mas isso é apenas didático.)
- Pagamentos diários em evolução linear de R$ 10.000, R$ 20.000, R$ 30.000, R$ 40.000... etc.
- Pagamentos diários em evolução exponencial de R$ 1, R$ 2, R$ 4, R$ 8 ... etc.
Você deve ter escolhido a última alternativa, mas não tem ideia de quanto receberia nestes 30 dias. O total seria de 1,073 bilhão de reais, faça a conta para comprovar! A primeira alternativa é comparável à segunda, mas para que terceira alternativa, pagamentos exponenciais, fosse comparável às outras, a primeira parcela teria que ser, não de 1 real, mas de meio centavo de real. Nos primeiros dias o crescimento não seria notado, mas depois do 16º dia o crescimento se mostra astronômico. O crescimento exponencial da tecnologia remete à máxima eficiência e a esta à abundância.
Meu primeiro contato com a realidade da abundância, se deu no Semint de 6/11/1995, um seminário de telecomunicações que era promovido pela Telebrás em Foz do Iguaçu, que deu origem ao Futurecom. Nesta ocasião memorável, o principal dirigente da União Internacional das Telecomunicações (Órgão da ONU), falou sobre um artigo publicado na The Economist de 30/09/1995, intitulado “The death of distance”. Este artigo dizia que não mais importaria onde estaria o nosso interlocutor, no mesmo quarteirão ou do outro lado do mundo, a comunicação se daria com a mesma facilidade e com praticamente o mesmo custo. Há 20 anos atrás os telefonemas internacionais eram muito caros mas o Dr. Pekka Tarjanne, Secretário Geral da UIT, estava falando em VoIP, a transmissão da voz via internet. Era um novo paradigma que eu e alguns colegas experientes no setor, não entendemos no momento. Demorou para “cair a ficha”. O Skype nos trouxe esta novidade e alguns anos depois outros aplicativos como o WhatsApp.
O melhor exemplo de abundância, entretanto, é a fotografia. O custo de uma foto na década de 1990 pode ser estimado em valores atuais em R$ 5,00. E hoje, quanto custa uma foto? Além de custar zero, atualmente temos mais qualidade, facilidade de edição e mobilidade.
Tudo que puder ser digitalizado e automatizado vai acabar sendo, o custo cai, o resultado fica potencialmente abundante e os negócios se transformam radicalmente. Se você quiser conversar sobre isso participe do nosso grupo no facebook: www.facebook.com/businesstransformationbr .
A análise do caso do WhatsApp nos mostra os novos aspectos dos negócios que afetarão a vida de todos nos próximos anos... (continua no próximo capítulo 4/4)