O que você faz para aprender coisas novas?
O mercado de trabalho está passando por tantas transformações de alto impacto que a capacidade de aprender se tornou uma das principais competências que você pode ter hoje em dia, apesar de quase ninguém colocar em seu currículo que possui “facilidade de assimilar novos conhecimentos e habilidades”. E, por outro lado, ficar parado no tempo é praticamente um suicídio profissional.
Com ambientes de trabalho cada vez mais desestruturados e marcados por novas formas de fazer as coisas, as empresas sabem que não há outra saída senão contratar trabalhadores multifuncionais ou desenvolvê-los internamente. Gente que saiba navegar por diferentes áreas e aprecie resolver problemas complexos.
Esse contexto não é nada fácil para quem construiu a carreira tomando por base o conceito de qualificação, no qual cursar um MBA garantia pelo menos 2 ou 3 anos de “descanso merecido”. Tal mundo não existe mais porque aprender permanentemente é a única saída para se manter valioso no mercado daqui em diante.
Mas, o que podemos fazer para enfrentar essa nova realidade? Primeiro, lembre-se do instante mágico em que o aprendizado acontece: quando algo muda a sua compreensão sobre a realidade. Isto é, você adquire uma nova consciência, enxergando o mundo e o que lhe acontece de um jeito diferente.
É por isso que, lendo um bom livro ou assistindo filmes, às vezes levamos um chacoalhão inesperado. O mesmo princípio da guinada que muitas pessoas dão depois de visitarem aquela empresa inovadora que faz tudo diferente e melhor. Algum “clique” nos faz mudar e evoluir anos em poucos dias.
Durante um bom tempo, quando alguém se dava conta de que precisava estudar coisas novas, logo começava a buscar cursos para encontrar o que se encaixava com as suas necessidades de capacitação. No entanto, o paradigma mudou: você não pode mais se ver aprendendo apenas quando está na sala de aula. Aliás, você sempre aprende quando está fora dela, ainda que não perceba.
As inovações tecnológicas que surgiram recentemente facilitam – e muito – essa tarefa de nos manter atualizados, contudo o que não muda é o fato de aprendermos especialmente quando interagimos com outras pessoas. Até mesmo aquela conversa com alguém que você acabou de conhecer numa festa de casamento pode gerar mudanças significativas na forma como vê as coisas.
Ao ensinar outras pessoas você também aprende muito. É claro que a minha profissão facilita esse exercício – por causas das aulas, palestras e treinamentos periódicos -, mas você também pode adotar essa prática, ainda que não trabalhe diretamente com educação. Ao compartilhar suas experiências com familiares e amigos, por exemplo, já dá bons passos nessa direção.
Outra coisa interessante é que o aprendizado em pequenas doses funciona mesmo. Em muitos casos, assistir diariamente vídeos de cinco minutos sobre determinado tema pode ajudá-lo tanto quanto um curso presencial de uma semana de duração.
Apesar de ter mencionado que não aprendemos apenas na sala de aula, é importante sim participar de congressos e seminários. Nestes eventos, além de acompanhar o que os melhores palestrantes têm a dizer, você pode trocar ideias com pessoas que atuam em seu mercado e ver de perto as inovações do setor que são apresentadas nos estandes.
E a principal dica que eu posso dar é: coloque em prática seu aprendizado no curto prazo, sempre que possível. Como o nosso cérebro é seletivo, se você não utiliza logo aquilo que absorve, ele entende que precisa descartar. Daí o que é importante acaba virando sucata por falta de uso.
Concordo que nem tudo o que aprendemos possui uma aplicação prática ou impacto no curto prazo. Porém, o que as empresas estão procurando fazer é, por meio do aprendizado, levar seus colaboradores a um patamar superior de performance. Mais do que aprender, elas querem é que você gere valor com aquilo que estuda.
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6 aMuito bom Wellington!! Aprender sempre! Grande Abraço!