O RELAÇÕES PÚBLICAS DO AGORA

O futuro das Relações Públicas já chegou! Então, como deve ser um RP atual?

Começamos (dentre outras atividades) como assessores de imprensa, lutando para emplacar conteúdo aos limitados canais de comunicação até o século XX. Nada muito diferente do que continuamos a fazer, porém agora com “blogueiros”, “vlogueiros”, “instagramers”, surgem novos desafios. É inegável e perigoso não assumir que este universo se expandiu. 

Se o mundo mudou e continua mudando, como redefinir um profissional de RP? Como visualizar novas possibilidades, novos mercados, novas formas de atuar? Já que hoje algo funciona e amanhã não existe mais. Afinal, em relação a história da humanidade, o Orkut morreu "ontem", MSN "anteontem", amanhã o Facebook pode não ser mais relevante.

Por definição "Relações Públicas é um processo de comunicação estratégica que constrói relações mutuamente benéficas entre organizações e seus diversos públicos." Embora essa definição seja apresentada até hoje nas universidades e livros sobre o assunto. Wendy Zaas, vice-presidente executivo da empresa PR Rogers & Cowan, defende que este é um resumo ultrapassado que não integra o marketing e mídias sociais. "Relações Públicas não podem caminhar sozinhas, devem englobar o melhor de todas as áreas da comunicação juntamente com uma estratégia inteligente, impactante, e criativa."

As redes sociais transformaram a relação entre as empresas e seus consumidores. As RPs são agora um conglomerado, focado principalmente em criar um processo de comunicação, facilitar uma conversa em curso e vigiar assiduamente as inovações na área de comunicação, além é claro de continuar a cuidar da imagem da marca.

Além disso, o processo estratégico também mudou... Se antes medir retorno sobre o investimento de RP, era limitado a pesquisas de satisfação posteriores às ações, hoje métricas baseadas em previsões e projeções que levam em conta o comportamento do consumidor e histórico de ações dos concorrentes são norma, regra e lei.

Uma vez que neste século não existe mais a “mídia tradicional”, o profissional deve deixar de ser só vigilante, recebendo clipping, monitorando e apagando fogo... Ele deve progressista, ousado, propor disrupção e estar atendo a perceber novos comportamentos de seu público alvo.

Agora ser RP de alguém (ou de alguma empresa), além de criar e proteger uma imagem, é ser alguém que gera conteúdo que envolve, que cria uma experiência compartilhável e principalmente interativa. 

Começamos como assessores, mas hoje se nos limitarmos a medir cobertura da imprensa, estagnaremos e sumiremos do mapa, afinal novos profissionais de comunicação surgiram diante desse novo cenário.

Veja! Não precisa jogar fora seu press kit... Mas não limite-se a ele.

LEONARDO TANAKA é graduado em Relações Públicas, especialista em Marketing Empresarial. Palestrante, empresário e consultor de Comunicação Corporativa.