O segredo da felicidade é não criar expectativas

O segredo da felicidade é não criar expectativas

Esta semana li um artigo publicado pelo #InstitutoBrasileirodeNeuromarketing sobre #Minimalismo.

No artigo, tive conhecimento do livro "O Paradoxo da Escolha: porque mais é menos", de #BarrySchwartz. Infelizmente, não encontrei ainda o livro para ler, mas encontrei uma palestra no #TED na qual o autor fala sobre o tema.

O que me motivou a escrever foi a curiosa relação da busca humana pela #felicidade e o crescente movimento #minimalista numa sociedade em que "ter" e "parecer ter" são imperativos.

O autor apresenta o que ele denomina de "dogma oficial" das sociedades industriais. O dogma diz que para aumentar o bem-estar dos cidadãos, o caminho é maximizar suas liberdades individuais.

Em paralelo, o capitalismo passou por vários momentos na história, desde sua invenção. Ao longo dos anos, foi tornando-se cada vez mais complexo e desenvolveu o #marketing, seu próprio mecanismo de sobrevivência.

Foi na Revolução Industrial que o capitalismo deu sua maior virada. O conceito "artesanal" de produto foi substituído pelo de produção em massa. A partir daí, o marketing substitui o conceito de necessidade pelo de geração de desejo.

Um dia, cheguei em casa e encontrei meu pai aborrecido porque foi à uma loja comprar um tênis que não tivesse cadarço. Na loja, ofereceram a ele todos os tipos de tênis e suas tecnologias: um para corrida, outro para caminhada, tinha ainda o de molas. Diante de tantos modelos, voltou para casa angustiado, pois sua preferência por tênis sem cadarço tornou-se apenas mais uma entre tantas opções que ali lhe foram apresentadas.

No outro dia, saiu decidido de casa a comprar seu tênis sem cadarço e assim o fez. Em casa, mostrou a todos o tênis e afirmava a todo o momento: "Era só isso que precisava, um tênis sem cadarço." Mas, de vez em quando, comentava sobre os outros tênis e seus atributos, num tom um pouco vacilante.

Usei este exemplo para analisar como nosso #cérebro reage ao se deparar com escolhas e decisões que envolvem muitas variáveis, alternativas ou opções.

Partindo do pressuposto de que você vai comprar um determinado produto e lhe são apresentados vários modelos do tal produto, ocorre um aumento das expectativas.
Por isso que, ao escolher uma opção, gera um sentimento de insatisfação.

Em um mercado complexo, em que a oferta extrapola a demanda em diferentes níveis, o mercado consumidor é educado a ter altas expectativas e exigências.

O efeito psicológico daquele que busca algo sem expectativas, provavelmente será de ser surpreendido positivamente com o que encontrará. Já aquele que alimenta grandes expectativas em sua busca, pode colher uma experiência frustrada.

O autor deixa ainda algumas pérolas em sua palestra. Destaco aqui algumas delas:

Quando você sai do aquário,
você não produz liberdade.
Você produz paralisia.


Todo mundo precisa de um aquário.
Tem suas limitações, mas a ausência de um aquário metafórico é uma receita para a miséria e, até mesmo, um desastre.


O segredo da felicidade é
não criar expectativas.
Claudio Palmieri

UX Designer | UX Researcher | UX Strategy | Inovação | Futurismo | Inteligência Artificial | Neurociência

2 a

Excelente texto. A nova geração joga seu dinheiro na pluralidade das escolhas. Já nasceram neste modelo. É uma pena. Muita da ansiedade dessa geração está no medo de escolher errado dentro das milhares de escolhas.

Orlando Merluzzi

Conselheiro de Administração | Consultor | Anfitrião no Pensamento Corporativo®

2 a

Ao ler o exemplo do tênis sem cadarço do seu pai, lembrei-me de uma definição de marketing (errada, logicamente) que dizia: "marketing é a arte de fazer as pessoas comprarem o que elas não precisam, no momento que elas não querem, com o dinheiro que elas não têm"...

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