O tolo evita ouvir ideias que vêm da base

O tolo evita ouvir ideias que vêm da base

São Paulo – O jovem era apenas um estagiário naquela companhia, mas já estava lá havia tempo suficiente para se dar conta de que muitos dos processos e procedimentos eram executados não por serem necessários, mas por estarem enraizados na rotina da empresa.

Foi então que, armado de coragem, o jovem procurou o gerente para sugerir uma coisa tão simples quanto lógica: usar as caixas dos fornecedores de produtos como embalagens para despachar suprimentos para os departamentos e filiais. Bastava colocar uma etiqueta.

A prática de obrigar os fornecedores a levar embora as embalagens vinha de uma época em que essa providência barateava os produtos, o que há muito tinha deixado de ser verdade, mas era mantido por hábito. Com o tamanho atual da empresa, e a dispersão de suas unidades, a nova medida provocaria uma economia razoável, além de diminuir o desperdício.

Mas quem disse que o gerente prestou atenção na ideia? Afinal, se assim era feito havia tanto tempo, devia ser por um bom motivo, não é mesmo? Além disso, a ideia vinha de um estagiário. Continua tudo como antes, e não se fala mais nisso, OK? OK.

Só que a cena toda foi assistida por um diretor, que se deu conta de que a proposta fazia sentido e resolveu patrocinar a ideia ele mesmo, o que acabou dando super certo. O acontecido foi colocado na reunião mensal, com o gerente fazendo de conta que não era com ele.

Só que o diretor não deixou barato e aproveitou para lembrar a todos que um dos valores da empresa é a inovação, e que isso não tem só a ver com a criação de novos produtos, e sim com tudo, dos processos à comunicação. “A inovação, sendo um atributo de cultura, tem de estar na cabeça de todos”, disse o diretor.

Não dá para desprezar uma sugestão, por mais simples que pareça, só porque ela partiu de um estagiário. Nesse momento, tirou do baú da filosofia chinesa a frase adequada: “Quando um dedo aponta uma estrela, o sábio olha a estrela e o tolo olha o dedo”.

Ditados são para isso mesmo, para fazer pensar. Por que o gerente não prestou atenção, afinal de contas? Dando-lhe o benefício da dúvida, podemos imaginar que foi porque ele estava muito ocupado, concentrado em algo urgente. Mas, pelo desenrolar da história, dá para perceber que foi porque a ideia vinha de um estagiário, um dedo insignificante apontando algo que nem valia a pena ver o que era.

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A sabedoria está nos detalhes!

Franklin Arisson Rodrigues dos Santos

Engenheiro de Manutenção Sr; Engenheiro de Confiabilidade; Pós Graduado Gestão da Manutenção Industrial; Pós Graduado Otimização de Processos..

7 a

Ótimo texto, esse tipo de caso acontece com uma frequência assustadora!

Suzana Almeida - Susan Meotti

Potencializadora de Talentos. Mestre: Educação (escolar/EaD/corporativa), Cultura e Comunicação. Palestrante. Prof.

7 a

Perfeito! Abraços

NAJARA BECKER CORDEIRO

Projetos e Processos | Qualidade de Dados | Operações Jurídicas | Melhoria Contínua |

7 a

Excelente texto. Amei o ditado!

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